Ibovespa (IBOV) encerra em leve queda, sob pressão de bancos e Petrobras (PETR4)
Ibovespa fica abaixo dos 100 mil pontos pela terceira sessão consecutiva (Imagem: Money Times/Diana Cheng)
O 💥️Ibovespa (💥️IBOV) encerrou esta terça-feira (21) em leve queda, ainda abaixo dos 100 mil pontos.
Em sessão volátil, o principal índice da 💥️B3 (💥️B3SA3) teve desvalorização de 0,17%, a 99.684,50 pontos. Nem mesmo a recuperação das bolsas nos EUA levantou o ânimo no mercado acionário local.
O volume financeiro na bolsa somou R$ 22,7 bilhões.
💥️WEG (💥️WEGE3) esteve presente nos destaques de alta do dia, com o mercado ainda digerindo a mudança de recomendação do BTG para a ação, de “neutro” para “compra”.
Por outro lado, boa parte dos principais bancos brasileiros terminou a sessão no negativo, com 💥️Banco do Brasil (💥️BBAS3) caindo mais de 4%.
💥️Petrobras (💥️PETR3;💥️PETR4) voltou a ser foco de discussões nesta terça, com a base aliada do presidente da República, 💥️Jair Bolsonaro, anunciando a finalização do requerimento para pedir a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (💥️CPI) da empresa.
Mais da esfera política, o programa de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também influenciou o mercado. As diretrizes defendem a revogação do teto de gastos e a não privatização de estatais.
Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje
Ata do Copom
Saiu nesta terça a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) referente à última reunião, realizada na semana passada.
No documento, o Banco Central (BC) sinalizou que o cenário mais apropriado seria manter a Selic, taxa básica de juros, em nível elevado por mais tempo.
Isso aproximaria a inflação da meta fiscal em 2023, defendeu o BC.
O documento sugere que a nova decisão do BC é compatível com a convergência da inflação “para o redor da meta” ao longo do horizonte relevante, e não mais “para as metas”.
A meta de inflação para este ano, abandonada pelo BC, é de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para 2023 e 2024, as metas são de, respectivamente, 3,25% e 3%, também com a mesma margem.
As autoridades monetárias reforçaram que pretendem fazer um novo ajuste, de igual ou menor magnitude que a última revisão, de alta de 0,5 ponto percentual, na próxima reunião, em agosto.
O BC projeta que uma inflação de 8,8% em 2022, ante projeção de 7,3% na última reunião. A projeção para 2023 subiu de 3% para 4%, acima do centro da meta. Em 2024, estima-se uma inflação de 2,7%.
Petrobras
Os papéis da estatal caíram nesta terça, cotados a 1,23% (ordinárias) e 2,39% (preferenciais).
A Petrobras virou um dos principais assuntos do mercado desde que anunciou, na sexta (17), um novo reajuste dos preços dos combustíveis.
De lá para cá, o nome da companhia figurou entre as pautas mais quentes dentro da política, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pedindo a renúncia imediata de José Mauro Coelho do cargo de presidente da Petrobras poucas horas mais tarde.
O anúncio da demissão veio logo depois. José Mauro Coelho pediu demissão três dias após o novo reajuste da Petrobras, sob pressão do governo Bolsonaro, que o indicou para a posição após Adriano Pires desistir de assumir o comando da empresa.
Na sexta, Lira chegou a falar sobre a possibilidade de dobrar a taxação dos lucros da Petrobras, uma vez que uma maior tributação poderia ser revertida em recursos à população. Isso pressionaria os dividendos da companhia e, por consequência, as ações.
Nesta terça, o PL, partido de Bolsonaro, finalizou o requerimento para pedir a abertura da CPI da Petrobras na Câmara.
A CPI serviria para apurar a conduta do conselho e dos diretores da estatal, além de investigar supostas irregularidades na definição da política de preços dos combustíveis.
O autor do requerimento é o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ).
Após reunir as assinaturas necessárias, o pedido de instalação da CPI precisa ser autorizado pelo presidente da Câmara.
Se instalado o colegiado, a CPI será composta por 25 membros titulares e igual número de suplentes. O prazo inicial para a investigação é de 120 dias, com possibilidade de prorrogação.
Destaque da Bolsa hoje
& 💥️PETROBRAS PN (💥️PETR4) caiu 1,99%, com as atenções voltadas para o debate em Brasília sobre o que será feito em relação aos preços dos combustíveis, e os potenciais reflexos na companhia. O Bradesco BBI afirmou que o ruído nunca foi tão alto para a Petrobras. “Infelizmente, devemos esperar e ver quais medidas concretas serão tomadas, se ocorrerem.”
& 💥️BANCO DO BRASIL ON (💥️BBAS3) recuou 4,10%, na esteira de preocupações políticas. No setor, 💥️BRADESCO PN (💥️BBDC4) fechou com decréscimo de 0,87% e 💥️ITAÚ UNIBANCO PN (💥️ITUB4) cedeu 1,06%, após altas expressivas na véspera. O BTG Pactual afirmou em relatório que espera resultados decentes para Itaú e Bradesco no segundo trimestre.
& 💥️VALE ON (💥️VALE3) subiu 0,66%, conforme o preço do minério de ferro se recuperou em Cingapura, embora tenha permanecido sob pressão em Dalian, na China.
& 💥️WEG ON (💥️WEGE3) valorizou-se 4,98%, no segundo pregão entre as maiores altas do Ibovespa. Em relatório nesta semana o BTG Pactual recomendou compra dos papéis avaliando que, após uma queda relevante desde o começo do ano, o nível de preço da ação oferece ponto de entrada.
& 💥️MAGAZINE LUIZA ON (💥️MGLU3) perdeu 2,71%, voltando para a ponta negativa do Ibovespa após o repique na véspera, quando fechou em alta de 8,4%. No setor, 💥️VIA ON (💥️VIIA3) cedeu 1,33%, mas 💥️AMERICANAS ON (💥️AMER3) subiu 0,38%. Em Nova York, 💥️MERCADO LIVRE avançou 3,38%.
✅Com Reuters
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