EUA em recessão ou com juros altos: qual cenário é o “menos pior” para o Brasil?
(Imagem: Shutterstock)
Os 💥️Estados Unidos andam de mal a pior. O 💥️Produto Interno Bruto (PIB) registrou queda de 1,6%, na taxa anualizada, no primeiro trimestre. E a 💥️inflação segue como a mais alta dos últimos 40 anos – em maio, o indicador acumulou alta de 8,6%.
O plano do 💥️Federal Reserve é claro: o banco central americano vai aumentar as taxas de 💥️juros para controlar a disparada nos preços. O problema é que isso freia a economia e se o país registrar mais um PIB negativo, entra no que os economistas chamam de 💥️recessão técnica – que são dois trimestres seguidos de queda na atividade econômica.
E aí cabe ao Fed entender até que ponto deve promover o aperto fiscal sem fazer os Estados Unidos caírem em uma 💥️recessão. Para o 💥️Brasil, nenhuma das opções – juros altos e 💥️recessão – são realmente boas. Mas, se puder escolher, juros altos é menos pior.
Antes de mais nada, é importante destacar que 💥️recessão não deveria ser um cenário buscado por nenhum país. “A 💥️recessão é muito pior porque, geralmente, está ligada a um desequilíbrio muito grande. Se não for por causa de algum choque econômico, então significa que foi barbeiragem”, afirma Marco Caruso, economista-chefe do 💥️Banco Original.
Os juros altos, apesar de ser um desafio, no fundo, ele é uma solução para um problema maior: a inflação. Se os responsáveis pela política monetário local – que no caso dos EUA é o FED – elevarem as taxas de maneira correta, o resultado vai ser a queda da inflação. Então, entre viver em uma 💥️recessão e viver em um ambiente de juros mais altos, é preferível passar um tempo com juros altos.
Juros altos vs Recessão
Para o Brasil, um cenário de juros altos nos Estados Unidos tem um ponto negativo: a fuga de investidores para o mercado americano.
Quando o 💥️Banco Central aumenta a 💥️Selic aqui, enquanto o Fed mantém próximo de zero por lá, vale mais a pena investir no Brasil. Isso atrai investidores, que trazem dinheiro estrangeiro. Resultado: valorização do real.
Agora, quando os EUA começam a ter juros mais altos, aí os investidores começam a migrar para lá. O motivo é que a terra do Tio Sam é mais estável que países emergentes – grupo no qual está o Brasil. “Esse ambiente de dinheiro mais caro impõe uma maior seletividade dos investidores. É normal que eles prefiram receber um juros, mesmo que mais baixo, em dólar e em um país estável, do que deixar em um local com maior risco”, destaca Caruso.
Já a 💥️recessão traz uma outra questão: a queda do consumo global. Os Estados Unidos são a maior economia do mundo e o segundo maior parceiro comercial brasileiro – fica atrás só da China. “O Brasil é um grande importador de commodities e uma 💥️recessão na economia americana vai impactar no comércio como um todo”, afirma Enzo Pacheco, analista da 💥️Empiricus.
No ano passado, o comércio entre Brasil e Estados Unidos atingiu o patamar histórico de US$ 70,5 bilhões. Entre os principais produtos, estão justamente ferro, aço e 💥️petróleo.
No entanto, Pacheco lembra que, dificilmente, os EUA vão conseguir escapar de uma 💥️recessão. “É um cenário muito difícil de ler. Mas pelas projeções que a gente observa, eu não descartaria uma 💥️recessão americana ainda este ano.”
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