Queda do euro tem mais fôlego com recessão à vista, diz pesquisa
Para piorar a situação, o tumulto político na terceira maior economia da área do euro pode desencadear uma nova era de fragmentação do mercado (Imagem: Pixabay/Jasmin777)
A batalha do 💥️Banco Central Europeu para restaurar sua credibilidade nos 💥️mercados financeiros ficou muito mais difícil.
Depois de uma semana marcada por uma nova crise em Roma, um levantamento do blog de mercado MLIV da 💥️Bloomberg junto a gestores e operadores aponta para preocupações que a dívida italiana arrisca atingir a zona de perigo mais uma vez, e que uma recessão quase iminente vai intensificar o mergulho espetacular do 💥️euro para níveis não vistos em quase 20 anos.
Apenas 16% dos 792 entrevistados na última pesquisa dizem que a 💥️Europa provavelmente conseguirá evitar uma crise econômica nos próximos seis meses, com 69% apostando que a moeda única cairá para US$ 0,9 em vez de voltar para US$ 1,1.
Para piorar a situação, o tumulto político na terceira maior 💥️economia da área do euro pode desencadear uma nova era de fragmentação do mercado.
Cerca de 21% dos leitores do MLIV dizem que o spread entre os títulos italianos e alemães de 10 anos teria que disparar para mais de 5 pontos percentuais – o nível mais alto desde a crise da dívida de 2012 – antes que o BCE interfira.
Ao todo, 41% dos entrevistados veem uma crise de dívida nos próximos seis meses.
Esses avisos não poderiam vir em pior hora para o BCE. A autoridade monetária parece prestes a aumentar juros esta semana, bem quando a Rússia ameaça intensificar a crise energética, enquanto a inflação está em nível recorde.
“Acho que as expectativas de uma recessão aumentaram rapidamente com a possibilidade de racionamento de gás e, se isso acontecer, você poderá ver muitas 💥️empresas quebrarem”, disse Craig Inches, chefe de taxas da Royal London Asset Management.
As pressões elevadas sobre os preços afetaram muito as famílias e as empresas. Agora, os temores aumentam sobre uma parada total nas remessas de gás da Rússia após o fim da manutenção em um grande gasoduto por volta de 21 de julho. É o mesmo dia em que o BCE deve aumentar juros pela primeira vez em mais de uma década, enquanto potencialmente revela um novo instrumento para corrigir as crescentes rachaduras no mercado de títulos.
O banco central foi forçado a prometer um novo mecanismo anticrise após os rendimentos sobre a dívida de 10 anos da Itália dispararem acima de 4% no mês passado.
Com a coalizão governamental do primeiro-ministro 💥️Mario Draghi em frangalhos, o desafio para a autoridade monetária está ficando cada vez mais difícil.
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