Energia elétrica: Brasil é o 2º país com a conta mais cara no mundo
O custo de energia elétrica no Brasil aumentou 47% nos últimos cinco anos (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
O custo de 💥️energia elétrica no 💥️Brasil aumentou 47% nos últimos cinco anos, segundo pesquisa realizada pela plataforma Cupom Valido, com base nos dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) sobre o custo da energia no país.
De acordo com o estudo, o aumento significativo fez com que o país assumisse o 2ª lugar no ranking mundial do custo de energia elétrica mais cara, ficando atrás apenas da 💥️Colômbia.
Do total do custo pago pelos consumidores, somente 53,5% são efetivamente utilizados para a geração, transmissão e distribuição de energia.
Do lado negativo, 46,5% são compostos por taxas, furtos, impostos e ineficiências. Falando apenas sobre o furto de energia, estima-se que neste ano, as perdas somarão mais de R$ 5.4 bilhões.
Confira o Top 10 de países com as contas mais caras:
Imagem: Abrace/CupomValido
Na outra ponta, os cinco países com a energia mais baratas são 💥️Noruega, Luxemburgo, 💥️Estados Unidos, 💥️Canadá e 💥️Suíça, respectivamente.
Bandeiras tarifárias
No último mês, a 💥️Agência Nacional de Energia Elétrica (💥️Aneel) aprovou 💥️novos valores de 💥️bandeiras tarifárias, a serem cobradas de forma adicional na conta de luz, de acordo com as dificuldades de geração de energia.
Os novos valores trazem aumentos de 60% nos valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha 1.
O valor da bandeira amarela terá aumento de 59,5%, de R$ 1,874 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos para R$ 2,989. O da bandeira vermelha 1, vai de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh, alta de 63,7%.
O patamar mais caro da bandeira, a vermelha 2, passou de R$ 9,492 a cada 100 kWh para 9,795, aumento de 3,2%.
Aneel reduz tarifas de distribuidoras
Apesar da alta na bandeira tarifária, existem algumas medidas que buscam aliviar o bolso do consumidor. Na semana passada, por exemplo, a Aneel aprovou a redução nas tarifas de energia de dez distribuidoras. De acordo com a agência, a redução foi aprovada para devolver valores pagos a mais pelos consumidores de energia em 2023.
A devolução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto estadual, incluído na base de cálculo do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), foi previsto sob a Lei 14.385, e sancionada em junho.
A Aneel informou que foram adiadas as deliberações dos processos tarifários das distribuidoras Energisa Mato Grosso do Sul (EMS), Energisa Mato Grosso (EMT), cujos créditos ainda não foram habilitados pela receita federal, além da Equatorial Alagoas e da Light, por causa de liminares judiciais.
Redução no ICMS de energia
Os consumidores terão percepções diferentes da redução, pois os estados podem cobrar alíquotas diferenciadas sobre esses tipos de serviços.
Nos cálculos divulgados pelo governo, as medidas, combinadas, podem promover reduções de mais de 20% nos Estados de São Paulo (-24,5%), Rio de Janeiro (-26,3%), Goiás (-23,6%), Paraná (-24,9%), Rio Grande do Sul (-25,1%), Acre (-23,3%), Maranhão (-32,1%), Paraíba (-20,6%) e Piauí (-28,7%).
Variação mensal da inflação de energia no último ano
Veja a evolução do aumento da energia elétrica no 💥️Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (💥️IPCA), medido pelo 💥️Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (💥️IBGE), ao longo de 2023.
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