Granbio reforça caixa com venda de ativos biológicos, mas não perde a fama
Cana energia, mais celulósica e mais alta que a cana convencional (Imagem: Divulgação/Granbio)
A pioneira na produção de etanol de segunda geração (2G) não é mais dona da pioneira cana energia, mais apropriada em produtividade para o biocombustível do que a planta convencional.
A notícia da venda dos ativos biológicos da Granbio para a australiana Nuseed mexeu com os brios nacionalistas de alguns setores ligados à sucroenergia, especialmente acadêmicos, porque os dois principais argumentos da companhia para o negócio não “convenceram”, segundo fontes ouvidas por 💥️Money Times e que preferem anonimato.
Um deles seria a própria continuidade de desenvolvimento dessa cana mais fibrosa, maior em altura e mais rústica, conforme foi destacado na divulgação da venda.
O outro, a internacionalização do licenciamento da cana energia.
Apesar da musculatura do comprador nas duas pontas, pertencente ao grupo global Nufarm, chamou a atenção porque a Granbio detém expertise científica para seguir avançando em P&D e, também, já possui presença internacional com patentes, produção de especialidades e exportação de etanol 2G.
É uma biotecnológica com fama de excelência no Brasil e fora em produção Net Zero SAF, bioquímicos e nanocelulose.
O caixa da empresa fundada por Bernardo Gradin é o que teria falado mais alto.
Também de acordo com fontes do mercado, os recursos que entrarão é o que interessa para uma empresa que já adiou uma oferta inicial de ações (anunciada em 2023), avança com investimentos na planta destiladora alagoana para dobrar a capacidade e passar a operar o ano inteiro.
E se concentrará em expandir projetos de biorrefinarias com tecnologia própria, como foi informado, em meio à busca mundial por produção de energia sustentável contra a dependência poluidora e geopolítica do petróleo.
Não foi revelado o valor do negócio envolvendo a Vertix 3 e mais 10 variedades, além do germoplasma.
💥️Cana e indústria
A cana energia possuí mais celulose (fibra), de onde vem o 2G.
Como produz 14 toneladas a mais de fibra por hectare, a produção de etanol sobe a mais 3,5 mil litros/ha. São 30% de acréscimo na comparação com a cana comum.
A Granbio Bioflex, em São Miguel dos Campos, gera 12 milhões de litros de etanol 2G por safra e a capacidade instalada é de 30 milhões. Para 2024, quando também os campos de cana energia plantados entregarão mais matéria-prima, a companhia contará com 60 milhões/l de potencial e operará também na entressafra.
A experiência da Granbio desde 2011 já a levou a ter biorrefinaria em Atlanta (EUA) e exporta etanol 2G para a Europa a US$ 1,4 mil a tonelada, em volume não informado.
💥️Siga o Money Times no Facebook!
Curta nossa página no Facebook e conecte-se com jornalistas e leitores do Money Times. Nosso time traz as discussões mais importantes do dia e você participa das conversas sobre as notícias e análises de tudo o que acontece no Brasil e no mundo. 💥️Siga agora a página do Money Times no Facebook!
O que você está lendo é [Granbio reforça caixa com venda de ativos biológicos, mas não perde a fama].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments