Adeus, renda fixa? Veja se é hora de abandonar os títulos devido à deflação
Abandonar a renda fixa neste momento é um comportamento equivocado, avalia XP (Imagem: RyanKing999)
Com a 💥️deflação dos últimos meses e o reflexo dela sobre os títulos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (💥️IPCA), os investidores têm se desfeito de suas aplicações indexadas à 💥️inflação ou preferido apenas os prefixados.
No entanto, para Camilla Dolle e Tatiana Nogueira, da 💥️XP Investimentos, quem escolhe esta opção neste momento está deixando de lado as perspectivas de longo prazo, considerando que a razão por trás da queda nos preços deve ser passageira.
Segundo as especialistas, a deflação atual tem natureza de curto prazo e, ao que tudo indica, deve se dissipar já no próximo mês.
“Considerando os níveis atuais de💥️ taxas de juro real, os títulos💥️ IPCA+ continuam sendo boas opções de alocação, principalmente para prazos médios e longos”, avaliam.
Relação entre deflação e renda fixa
Em julho e agosto deste ano, o IPCA teve 💥️deflação de 0,68% — menor taxa da série histórica, iniciada em 1980 — e 💥️0,36%, respectivamente.
Segundo a XP, apesar da expectativa para a inflação de setembro ser, novamente, de queda, os níveis atuais de juros reais são “suficientemente altos para que os títulos atrelados ao índice (IPCA+) resultem em carrego igual ao juro nominal (prefixados)”.
Além disso, na análise de Dolle e Nogueira, não deve haver nova variação negativa nos títulos, uma vez que o mercado já espera uma deflação — diferentemente do observado em junho, por exemplo.
Em casos de deflação, o rendimento final do título atrelado ao IPCA é reduzido através de uma correção negativa do valor nominal atualizado (VNA). Já a marcação a mercado desses ativos tende a apresentar variações significativas apenas se for uma queda da inflação não esperada, explicam as especialistas.
Desde que o Brasil atingiu o pico da taxa de juros de 2022, em 19 de julho, os 💥️juros futuros nominais de longo prazo — cinco e nove anos — caíram cerca de 2%, ao passo que o de vencimento em dois anos caiu cerca de 1,5%. Enquanto isso, os títulos públicos atrelados ao IPCA tiveram redução em suas taxas (juro real) em cerca de 0,5%.
A XP ressalta que, apesar do cenário mostrar preferência por ativos prefixados pelo mercado, o IPCA ainda gera uma oportunidade pela frente.
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