Ibovespa hoje: Setembro acaba com o mundo de olho no Brasil no fim de semana
Debate presidencial da TV Globo em nada deve mudar cenário eleitoral e foco dos mercados se volta para resultado das urnas no domingo (Imagem: Ricardo Moraes/Ricardo Moraes)
O Ibovespa acompanhou as perdas dos mercados internacionais ontem e, hoje, deve ensaiar uma recuperação, alinhado ao sinal positivo vindo do exterior. Mas a cautela reveste esse rali de alívio típico de fim de mês, elevando a postura defensiva dos investidores por aqui no último pregão antes das eleições de domingo.
A grande expectativa que havia em torno do debate presidencial da TV Globo não se confirmou. “Foi um ótimo programa para quinta-feira à noite, mas em nada deve mudar o cenário eleitoral”, resume em comentário matinal o CIO da TAG Investimentos, Dan Kawa.
Aliás, o horário avançado em que terminou a programação não leva a crer que haverá influência sobre a decisão dos votos. Ainda mais em um debate em que a participação de Kelmon & que não é padre & rendeu mais memes nas redes sociais e manchetes de “padre de festa junina” nos portais do que algum tropeço ou grande sacada entre os candidatos.
Vai ter segundo turno?
No fim das contas, não houve vencedor, nem perdedor. A dúvida, portanto, continua sendo se haverá uma segunda rodada na disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Divulgada ontem, a pesquisa Datafolha mantém as chances de vitória do petista já no primeiro turno, com 50% dos votos válidos.
E o que abala a bolsa brasileira e o real é o elevado nível de incertezas sobre o que será um inédito terceiro mandato do ex-presidente. Ainda há muitas dúvidas sobre a política de um novo governo Lula em termos fiscais e em relação às estatais.
Fato é que boa parte do mercado doméstico já entende que Lula é quem será eleito e prolongar essas incertezas até o fim do mês que vem tende a ampliar a 💥️volatilidade dos ativos locais. Porém, uma vitória dele já no domingo aumenta o risco de contestação dos resultados pelos apoiadores de Bolsonaro, estremecendo a estrutura institucional.
Dia de agenda cheia
Por tudo isso, o mundo estará de olho no Brasil neste fim de semana. Até porque lá fora há poucas mudanças no cenário. A dinâmica dos mercados continua sendo levada pela onda de inflação alta e aperto agressivo dos juros por tempo prolongado, o que alimenta as perspectivas de recessão global.
Nem mesmo os índices de preços na zona do euro (CPI) e nos Estados Unidos (PCE); dados sobre a atividade norte-americana e falas duras (“hawkish”) de dirigentes do Federal Reserve previstos para o decorrer do dia é capaz de trazer novidades no radar.
A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h45:
EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,68%; o do S&P 500 avançava 0,84%; enquanto o Nasdaq tinha alta de 0,79%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 1,14%; a bolsa de Frankfurt subia 0,84%; a de Paris tinha alta de 1,17%, enquanto a de Londres avançava 0,65%
Câmbio: o DXY tinha leve alta de 0,05%, a 112.31 pontos; o euro caía 0,47%, a US$ 0,9769; a libra tinha baixa de 0,35%, a US$ 1,1084; o dólar oscilava com +0,03% ante o iene, a 144,46 ienes.
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,686%, de 3,788% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,143%, de 4,217% na sessão anterior
Commodities: o futuro do ouro subia 0,39%, a US$ 1.675,10 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI avançava 0,34%, a US$ 81,50 o barril; o do petróleo Brent ganhava 0,32%, a US$ 87,46 o barril; o minério de ferro para janeiro fechou em alta de 0,35% em Dalian (China), a 723,50 yuans a tonelada.
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