Logística ainda é gargalo do agronegócio que só será sanado com investimentos
Logística no agronegócio ainda causa desperdício incontável ao Brasil todos os anos. Leia a Coluna do Michel Alaby, CEO da Alaby & Associados. (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)
Um dos entraves do 💥️agronegócio é a questão da 💥️logística interna para evitar as perdas das colheitas e dos 💥️alimentos.
De acordo com os dados mais recentes do 💥️Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (💥️PNUMA), referentes a 2023, mostra que o 💥️Brasil desperdiça anualmente perto de 60 quilos, por habitante (212,7 milhões de habitantes), algo como 12,7 milhões de toneladas de alimentos.
Com base em levantamentos realizados pela 💥️Embrapa e outros grupos de pesquisas há duas décadas, os níveis de perdas têm se mantido ao redor de 10% no campo, 50% no manuseio de transporte, 30% nas centrais de abastecimento e 10% no varejo e nas residências.
Os impactos são significativos e resultam em custos ambientais e insumos utilizados na fase da produção (água, combustível, adubos, 💥️agrodefensivos), na distribuição (embalagem, transporte) e no armazenamento.
Ademais, os alimentos depositados em aterros signatários, ou simplesmente descartados no ambiente produzem metano, gás com efeito estufa 23 vezes mais potente do que dióxido de carbono, aumentando o custo ambiental.
Milho e soja pela estrada
Em estudo recente realizado em 2022, pela 💥️ESALQ (Escola Superior de Agricultura-Divisão de Logística) da Universidade de São Paulo, mensurou perdas em torno de 1,27% para a produção de 💥️milho e 1,17% no caso da 💥️soja, considerados apenas as operações pós- porteira, incluindo-se perdas físicas de 💥️grãos na logística desde a fazenda, passando por terminais ferroviários e hidroviários até chegar aos portos e centros processadores.
O grande vilão das perdas é a armazenagem, responsável por mais da metade delas na 💥️cadeia logística.
O estudo demonstrou também que há um desperdício de 696 mil hectares de área plantada, pouco mais de 3,8 milhões de m3 de água, aproximadamente 274,7 mil toneladas de 💥️fertilizantes e uma emissão adicional de 95,3 mil toneladas de gás carbônico, em função do consumo do diesel nas operações logísticas.
O diagnóstico demonstrou também que as centrais de abastecimento e os varejistas não possuem equipamentos adequados para armazenamento e manutenção da qualidade dos alimentos.
Será muito importante para o agronegócio investir em tecnologia para evitar as perdas e reduzir custos para o consumidor nacional e impulsionar mais vendas externas.
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