BRF (BRFS3) não vê China como fator para preço do milho no Brasil, garante estoque adequado
Baseado nessas estimativas, ele disse que os modelos já sugerem “um custo de ração declinante ao longo de 2023” (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)
A 💥️empresa de 💥️alimentos 💥️BRF (💥️BRFS3), uma das maiores compradoras de 💥️grãos para fabricação de rações para aves e suínos, avalia que a chegada da 💥️China como compradora de 💥️milho do 💥️Brasil não influenciará o mercado brasileiro do cereal, disse o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da companhia nesta quinta-feira.
Fábio Mariano afirmou ainda, em teleconferência para comentar os resultados trimestrais, que a companhia tem aproveitado oportunidades após a colheita recorde de milho no Brasil, realizando compras nos melhores momentos do mercado para garantir estoques adequados da matéria-prima.
A China habilitou recentemente diversas tradings para exportar milho brasileiro, e o mercado está na expectativa do início das vendas do cereal aos chineses.
“A gente entende que isso (a importação de milho brasileiro pelos chineses) não deve ter influência nos preços, porque em termos relativos isso não exercerá uma mudança em relação ao que é a exportação de milho do Brasil, em relação à safra total”, disse o executivo.
Segundo ele, a exportação de milho do Brasil segundo exportador global do produto, atrás dos EUA “representa algo próximo de um terço (da produção), e os dados sugerem, vendo os dados da Conab e USDA, que esse número se mantém em termos relativos”.
Ele disse ainda confiar que, após uma grande safra de milho em 2023/22, o Brasil volte a colher uma produção recorde em 2022/23, o que deverá reduzir custos para a empresa em termos de matéria-prima no ano que vem.
“Fazendo um ‘link’ com as nossas projeções para a safra, e nesse contexto incluímos a safra de soja, há uma ótima expectativa no Hemisfério Sul tanto em área plantada quanto em produtividade…”, acrescentou, lembrando projeções de safras recordes.
Baseado nessas estimativas, ele disse que os modelos já sugerem “um custo de ração declinante ao longo de 2023”.
Disse também que a nova administração da companhia trabalha em formas de otimizar processos para ter o melhor aproveitamento da matéria-prima pelas criações.
“É preciso começar a falar do grão não só no fator preço, é preciso falar do fator quantidade… é preciso melhorar indicadores de mortalidade (de animais), a gente deixa de desperdiçar o grão quando perde um animal, quando a gente fala de indicadores de rendimento, deixamos de desperdiçar o grão, quando falamos da conversão alimentar não adequada a gente também está jogando o grão fora”, exemplificou.
A China habilitou recentemente diversas tradings para exportar milho brasileiro, e o mercado está na expectativa do início das vendas do cereal aos chineses (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)
Sobre compras de milho, ele ressaltou que é comum que os estoques da companhia cresçam quando acontece a colheita da segunda safra.
“É uma oportunidade de originação a preços mais baixos, isso foi feito, então a gente tem os estoques hoje de maneira estratégica, dentro de ‘range’ que consideramos adequado, e que ainda assim, se observarmos novas oportunidades de originação, a gente poder materializar.”
Os preços do milho no mercado interno têm oscilado perto de 85 reais a saca de 60 kg no mercado interno desde meados de outubro, segundo indicador do Cepea. O patamar está inferior aos níveis nominais recordes acima de 100 reais vistos no início do ano.
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