Banco Central pode voltar a elevar Selic com expansão de gastos em 2023; entenda
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Centra, afirma que é cedo para comemorar os dados de inflação no Brasil. (Imagem: REUTERS/ Adriano Machado)
O risco fiscal envolvendo o novo governo, que tanto preocupa o mercado, chegou ao 💥️Banco Central. A sugestão de PEC de Transição entregue ao Senado prevê R$ 198 bilhões em gastos fora do teto.
Com isso, surge no radar a possibilidade de postergação de cortes na taxa básica de 💥️juros ou mesmo novas altas na 💥️Selic, uma vez que a expansão fiscal e aumento de benefícios sociais podem impactar no combate à 💥️inflação.
Os mais otimistas apostam que o 💥️Banco Central poderia começar a afrouxar a política monetária já no primeiro trimestre do ano que vem, embora a maioria enxergue cortes para o segundo semestre – se tudo sair como o planejado: controle da 💥️inflação, redução nas pressões internacionais, queda do 💥️dólar e responsabilidade fiscal.
“Certamente uma política fiscal pouco austera vai exigir que o 💥️Banco Central se comporte com mais aperto monetário para segurar a pressão inflacionária oriunda dos gastos públicos excessivos”, afirma Andressa Bergamo, sócia-fundadora da AVG Capital.
Em sua última ata, o Comitê de Política Monetária (💥️Copom) destaca que o aumento de gastos de forma permanente e a incerteza sobre sua trajetória a partir do próximo ano podem elevar os prêmios de risco do país e as expectativas de 💥️inflação.
“O Comitê reitera que há vários canais pelos quais a política fiscal pode afetar a 💥️inflação, incluindo seu efeito sobre a atividade, preços de ativos, grau de incerteza na economia e expectativas de 💥️inflação.”
Deflação, mas nem tanto
Além da PEC de Transição, outra preocupação do 💥️Banco Central é a 💥️inflação – que deu uma trégua, mas ainda segue alta.
Durante o evento do Lide, grupo fundado pelo ex-governador João Doria, o presidente do 💥️Banco Central, 💥️Roberto Campos Neto, afirmou que é cedo para comemorar os dados de 💥️inflação no Brasil.
Apesar de três deflações seguidas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (💥️IPCA) voltou a subir 0,59% em outubro. Com isso, o acumulado em 12 meses foi de 6,47%.
“Apesar de grande parte da melhora da inflação recente ser devido a medidas do governo, existem indicadores incipientes que mostram uma melhora qualitativa. É cedo para comemorar, nós precisamos persistir no combate à 💥️inflação, precisamos persistir em atingir as nossas metas”, disse.
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