Copom cita impacto da incerteza fiscal na inflação e cautela com cenário externo
Copom aponta fatores externos e internos ao manter Selic em 13,75%, mas diz que não hesitará em retomar ciclo de ajuste, caso necessário (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)
O Comitê de Política Monetária (Copom) apontou fatores internos e externos ao justificar a decisão unânime de manter a taxa básica de juros em 13,75% na última reunião de 2022. No comunicado que acompanhou o anúncio da atualização da Selic, o comitê do 💥️Banco Central destacou particularmente a conjuntura “incerta no âmbito fiscal”.
Segundo o Copom, tal cenário “requer serenidade na avaliação dos riscos”. Com isso, o BC irá acompanhar com atenção os desenvolvimentos futuros da política fiscal e principalmente os efeitos nos preços dos ativos e nas expectativas de inflação.
Já em relação ao exterior, o Copom ressalta que o ambiente é marcado pela perspectiva de crescimento global abaixo do potencial no próximo ano e um ambiente inflacionário ainda pressionado.
Além disso, o Comitê do BC ressalta que a política monetária nos países avançados em direção a taxas restritivas e a maior sensibilidade dos 💥️mercados a fundamentos fiscais requerem maior cuidado por parte de países 💥️emergentes.
Inflação baliza próximos passos
Dito isso, o BC avalia que nos cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Assim, o Comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação.
Segundo o Copom, os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados, sendo que o BC não hesitará em retomar o ciclo de ajuste, caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.
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