Ministro da Agricultura vê combate à fome e relações do agro como desafios de gestão
O 💥️ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta segunda-feira que a participação do 💥️agronegócio no combate à fome e a articulação do Ministério, tanto com membros do setor quanto com a comunidade internacional, serão alguns dos principais desafios de sua gestão.
Fávaro também destacou, durante cerimônia de transmissão de cargo um dia após ser empossado ministro pelo presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva, que a produção agrícola brasileira será a “mais sustentável do mundo”, citando elevados níveis de tecnologia, ciência e pesquisa.
O ex-ministro da Agricultura Marcos Montes, que liderou a pasta até o fim do ano passado, não participou da cerimônia de transmissão de cargo na sede da 💥️Embrapa e em seu lugar os protocolos foram realizados por um ex-secretário do ministério.
Enfatizando uma das maiores bandeiras do governo Lula, Fávaro ressaltou que a produção de alimentos terá papel fundamental no enfrentamento à fome, tendo como aliada a tecnologia agrícola da Embrapa.
“Quantos brasileiros não puderam almoçar hoje? Esse é o grande desafio que temos que enfrentar nesse governo, é o primeiro dos desafios”, afirmou.
“Essa empresa aqui (Embrapa) é a grande responsável para que o Brasil se tornasse um player quase que incomparável da produção de alimentos. Quero assumir… o compromisso que é fortalecer a Embrapa… para que ela possa preparar nossa agricultura e pecuária para um grande momento de solução no combate à fome, de produção sustentável.”
Ele lembrou que o país tem cerca de 30-40 milhões de hectares de pastagens degradadas, que podem ser incorporadas à produção agrícola e não estão em atividade por falta de investimento.
O ministro disse que Lula, o vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e demais atores como o BNDES estão engajados na ideia de ampliar os cultivos agrícolas do país nos próximos anos.
“Talvez 5% ao ano de incremento de área… Significa que em 20 anos dobraremos a área plantada brasileira sem derrubar uma árvore sequer”, afirmou.
Na safra 2022/23, o Brasil deve registrar um avanço médio de 3,3% em área de plantio de grãos, considerando as culturas de verão e de inverno, para 76,9 milhões de hectares, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
União
Derrotado por Lula nas urnas, o ex-presidente 💥️Jair Bolsonaro tinha vasto apoio no agronegócio e contou com parruda participação financeira de membros do setor em sua campanha eleitoral.
Sobre o tema, Fávaro disse que independentemente do que passou, “a eleição acabou e agora temos um novo presidente”, e a união de todos facilitará o trabalho por um Brasil melhor.
“Convoco aqui a Frente Parlamentar Agropecuária, o Instituto Pensar Agro, o IPA, para que tragam lideranças não para apoiar o governo, mas que estejam alinhados, que queiram construir pontes”, afirmou o ministro.
“Uma das minhas missões é pacificar isso, é pacificar o agronegócio com lideranças que queiram o bem da nossa agropecuária”, ressaltou.
Em novembro, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) chegou a declarar publicamente que interlocutores entre o PT e o agro não a representavam, dentre eles o então senador Carlos Fávaro, que posteriormente foi confirmado ministro da Agricultura.
No âmbito externo, Fávaro ressaltou nesta segunda-feira que um grande gargalo para a pasta é o fato de o Brasil ter se tornado nos últimos anos um foco mundial em relação ao desmatamento e o meio ambiente.
“Há condição de produzir com sustentabilidade… Esse é o maior desafio, reconstruir pontes com a comunidade internacional, não só porque eles querem, mas porque se faz necessário.”
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