Endividamento bate recorde em 2022 e pesquisa identifica o perfil dos brasileiros mais endividados

Endividamento

O endividamento das famílias brasileiras bateu recorde, com uma parcela de 77,9% se declarando endividadas no levantamento (Imagem: Freepik/Julia Shikota)

Em 2022, o 💥️endividamento das famílias brasileiras bateu recorde, com uma parcela de💥️ 77,9% se declarando endividadas na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (💥️Peic) anual, feita pela 💥️Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (💥️CNC).

De acordo com a CNC, o índice mais baixo foi registrado em 2018, quando apenas 60,3% das famílias estavam com dívidas.

A marca atingida no último ano representa uma alta de 7 pontos percentuais ante 2023. Comparado com 2023, antes da pandemia de Covid-19, a alta é de 14,3 pp, segundo o levantamento.

José Roberto Tadros, presidente da CNC, explica que a pandemia reverteu a tendência de queda no endividamento que era registrada até 2023, especialmente entre os mais pobres.

“Os efeitos perversos da pandemia, com o fechamento de negócios e o aumento do número de desempregados, e no pós-pandemia com o avanço da 💥️inflação, fez com que as famílias com rendas mais baixas precisassem recorrer ao crédito para manutenção do consumo de primeira necessidade”, explica.

Tadros diz ainda que, entre as famílias de maior renda, a retomada do consumo reprimido levou a maior contratação de dívidas. Esses fatores, segundo o presidente da CNC, geraram o aumento no número de endividados em 2022 no país.

Perfil mais endividado

A pesquisa mostrou que o perfil da pessoa endividada é mulher, com menos de 35 anos e ensino médio incompleto, moradora das regiões Sul ou Sudeste, com rendimento familiar de até 10 salários mínimos.

Também segundo a CNC, o perfil do inadimplente corresponde a uma pessoa com quase as mesmas características: mulher com ensino médio incompleto. Entretanto, neste caso, a pessoa tem mais de 35 anos, na faixa menor de renda e moradora do Norte ou Nordeste.

O levantamento mostrou que, entre os inadimplentes, 43% atrasaram as dívidas por mais de três meses e 10,7% afirmaram que não terão como quitar os débitos. O número dobrou em relação a 2014, quando foi atingido o menor nível da série.

Entre as famílias de renda menor, 32,3% não têm condições de pagar os atrasados, enquanto entre as que recebem salários maiores, esse índice fechou o ano em 13,3%.

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