Ambev (ABEV3) será ‘vítima’ do trio de acionistas de AMER3? Veja o que diz o Credit Suisse
Ações da Ambev, não seria vítima do trio 3G, acionistas da Americanas (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)
O baque do anúncio da 💥️Americanas (💥️AMER3) sobre as inconsistências bilionárias respingou nas ações da 💥️Ambev. Apesar disso, as preocupações com 💥️ABEV3 são “injustificadas”, afirmam os analistas do 💥️Credit Suisse.
Após a divulgação do rombo contábil da varejista, em 11 de janeiro, as ações da cervejaria atingiram a cotação mínima desde julho de 2022, R$ 13,20.
A reação negativa ocorreu porque os três homens por trás da 💥️3G Capital, acionistas de referência da Americanas, detêm participação indireta na cervejaria por meio de sua controladora AB InBev. De acordo com o Credit Suisse, Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles tem 33,47% de participação na ABI.
As analistas Marcella Recchia e Fernanda Sayão, do Credit, afirmam que a Ambev não seria vítima do trio 3G, pois não tem exposição a operações de financiamento de fornecedores.
Além disso, ao contrário da Americanas, a Ambev é uma forte geradora de fluxo de caixa de financiamento (FCF). As analistas afirmam que a empresa tem sólida dinâmica de capital de giro, impulsionando um ciclo de conversão de caixa negativo médio de 125 dias.
Recchia e Sayão também ressaltam que a Ambev vem passando por uma “transformação cultural significativa”, após as mudanças na gestão em 2023. “A empresa está saindo do chamado ‘3G-way’ em direção a um ecossistema triplo saudável e sustentável (consumidor-cliente- fornecedor)”, diz.
E as despesas da Ambev?
As analistas do Credit Suisse afirmam que a maior parte da dívida bruta da Ambev está relacionada à contabilidade de arrendamento IFRS-16 — cerca de 90% no terceiro trimestre de 2022 —, enquanto os empréstimos bancários representam a parte restante.
Em ordem de relevância, a composição das despesas financeiras da Ambev é:
Trio do 3G pode pedir dividendos para financiar AMER3?
Um questionamento que tem circulado entre os investidores é se os homens da 3G Capital poderiam exigir dividendos extraordinários da Ambev, via AB InBev, para financiar uma possível injeção de capital na Americanas.
Na visão do Credit Suisse, esse cenário é “altamente improvável”, uma vez que o trio 3G está vinculado a um acordo de acionistas (✅stichting) válido até 2034 e, portanto, sujeito a algumas restrições.
Esse acordo restringe os acionistas a transferir suas participações fora dos cessionários ou afiliados permitidos.
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