Brasil manteve conversas com México, Chile, Colômbia e Alemanha sobre projeto para títulos verdes
Entre as nações consultadas pelo Brasil, o Chile em 2023 foi o primeiro país latino-americano a emitir um título verde soberano (Imagem: Pixabay)
O💥️ governo brasileiro manteve conversas com 💥️México, Alemanha, Colômbia e Chile em meio à tentativa de estabelecer um arcabouço para emissões soberanas sustentáveis, disse à 💥️Reuters o 💥️Ministério da Fazenda.
A informação surge depois que autoridades governamentais disseram mês passado que o país planejava emitir seu primeiro título verde em 2023, com o governo projetando usar sua agenda ambiental para atrair investimentos.
O presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva fez campanha no ano passado com promessas de combater o desmatamento, buscando reverter políticas do ex-presidente 💥️Jair Bolsonaro, cujo mandato registrou aumento na destruição da floresta amazônica.
A Secretaria do💥️ Tesouro Nacional disse em comunicado à Reuters, em resposta a perguntas sobre o programa, que manteve conversas com países que já desenvolveram uma estrutura para tais emissões. Não detalhou quando ocorreram as conversas, não divulgadas anteriormente, com os quatro países, “entre outros”.
O objetivo último do Brasil, disse, “é a construção de um arcabouço robusto, que sirva como referência para uma presença ativa e constante” em mercados focados em temas como mudanças climáticas, embora ainda sem data definida para seu lançamento oficial.
Entre as nações consultadas pelo 💥️Brasil, o Chile em 2023 foi o primeiro país latino-americano a emitir um título verde soberano, seguido pelo México no ano seguinte e a Colômbia em 2023. Enquanto isso, a Alemanha levantou 6,5 bilhões de euros de seu primeiro título verde em 2023 com grande demanda.
No início de 2023, durante o governo Bolsonaro, o Tesouro disse que construiria uma estrutura para a emissão de um título soberano ESG, mas o projeto não foi adiante.
Agora, com esses esforços retomados, a Secretaria do Tesouro afirmou no comunicado que está mantendo discussões internas e conversando com outros órgãos do governo para definir as diretrizes e projetos para integrar o arcabouço sustentável.
As negociações sobre o arcabouço também envolveram o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, disse.
Investidores veem os esforços renovados para emissões verdes como um bom sinal da maior 💥️economia da 💥️América Latina.
Graham Stock, estrategista soberano sênior de mercados emergentes da RBC BlueBay Asset Management em Londres, disse que o planejamento do Brasil mostra que o governo está comprometido em tornar o meio ambiente uma prioridade.
O Brasil provavelmente agora precisaria escolher entre títulos do tipo “use-of-proceeds”, que se comprometem a financiar projetos verdes, como energia renovável, ou títulos vinculados à sustentabilidade, usados para fins de orçamento geral, mas cujo retorno está ligado ao desempenho do país em métricas ambientais.
“Este último formato seria particularmente significativo para o Brasil, uma vez que compromete os governos futuros a, pelo menos, reportar essas métricas e potencialmente pagar cupons mais altos se o desempenho for ruim”, disse Stock.
Uma fonte do governo brasileiro afirmou que a maioria da equipe da Secretaria do Tesouro é a favor da emissão de títulos vinculados à sustentabilidade, embora o formato “use-of-proceeds” também esteja sendo considerado possivelmente “para um segundo momento”.
Dados do governo mostraram nesta sexta-feira que o desmatamento na Amazônia em janeiro, primeiro mês no governo Lula, caiu 61% em relação ao ano anterior.
Nesta semana, o Ibama e a Funai também lançaram uma operação de fiscalização na Amazônia para expulsar milhares de garimpeiros acusados de causar uma crise humanitária entre o povo Yanomami.
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