Do trigo ao pãozinho, cenário está longe de preços amigáveis. E se a Rússia comemorar 1 ano de guerra endurecendo?
Até onde vai chegar na farinha e produtos finais o potencial de alta do trigo vai depender de cada empresa
A M. Dias Braco (MDIA3) admitiu ao ysoke que reduziu as embalagens para segurar preços dos produtos farináceos e há fatores ainda podendo explodir sobre os preços do trigo.
Se consolidados, talvez não atinja os picos acima dos US$ 12 o bushel, do período de 2023 a até a formulação do acordo de exportações pela Ucrânia, no meio do ano passado, mesmo porque há uma desaceleração das economias mundiais mais latente hoje. Mas não serão cotações amigáveis.
Nesta terça (14), por exemplo, está próxima dos US$ 7,92 do final de dezembro, às 10h35 (Brasília) em leve desvalorização. Sempre haverá ajustes, comuns em derivativos, mas não perde a inflexibilidade.
Como será o comportamento dos produtos nas padarias gôndolas, a depender da estratégia de cada empresa, o andamento dos fundamentos da matéria-prima vai dizer.
Por ora, o mercado de trigo não deixa de prestar a atenção na situação nada confortável no terreno da Ucrânia.
Os russos estão inquietos com a ajuda ocidental ao país invadido, já faz ameaças veladas de retaliação; os Estados Unidos pediram para seus cidadãos deixarem a Rússia; e as inspeções de embarques ucranianos pelo Mar Negro estão deliberadamente mais lentas, segundo o governo Zelensky.
A interrupção do acordo entre as partes, mediado pela ONU, já faz sete meses e o risco de interrupção, por parte de Putin, não cedeu.
Para completar, dia 24 se ‘comemora’ um ano de guerra, e analistas americanos, da Farm Futures, entre outros, estão achando que a Rússia pode querer aprontar.
Além daquilo que o país entende como interferência direta da Otan na guerra, também critica a pouca boa vontade do Ocidente em relação aos seus produtos. Contrapartida, afinal, que a Rússia esperava ter quando concordou em ceder o corredor livre no mar.
Contudo, contudo, a Ucrânia ainda por cima acusa queda de 28,7% nos seus embarques de grãos na temporada, onde o trigo e o milho exercem maior participação.
A logística interna prejudicada pela guerra, tanto no transporte quanto nos cuidados das lavouras, fazem essa conta.
Ao mesmo tempo, a Sovecon, consultoria russa, também acusa um golpe na oferta do país.
A temporada de inverno dos Estados Unidos até que não está ruim, mas os embarques são menores.
Da Argentina se espera pouco com a seca e calor ainda bravos.
E a boa safra brasileira, de aproximadamente 11 milhões de toneladas, também chega ao mercado doméstico ao preço de Chicago.
O que você está lendo é [Do trigo ao pãozinho, cenário está longe de preços amigáveis. E se a Rússia comemorar 1 ano de guerra endurecendo?].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments