Inflação deve cair, mas segue acima do teto da meta; veja o que esperar do IPCA-15 de fevereiro
Em janeiro, a prévia da inflação ficou em 5,87% no acumulado, sendo que o indicador cheio fechou o mês em 5,77%. (Imagem: Mehaniq)
Se as projeções do mercado estiverem certas, a 💥️inflação brasileira deve desacelerar em fevereiro. Tanto o 💥️Itaú quanto o 💥️Santander calculam que o acumulado em 12 meses da prévia da inflação vai cair para 5,60% – nível mais baixo desde março de 2023.
Em janeiro, a prévia da inflação ficou em 5,87% no acumulado, sendo que o indicador cheio fechou o mês em 5,77%.
Ainda assim, o resultado estaria acima do teto da 💥️meta de inflação. Atualmente, a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (💥️CMN) para 2023 é de 3,25%, com um limite de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Ou seja, o teto da meta é de 4,75%.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (💥️IPCA-15), que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (💥️IBGE) amanhã, deve apresentar uma alta de 0,73%, segundo o Itaú.
“A leitura será provavelmente pressionada pelos 💥️serviços, principalmente pela readequação de cursos regulares, como o ensino fundamental. Em relação aos núcleos de inflação, os bens devem continuar apresentando algum alívio na margem, enquanto os serviços devem permanecer praticamente estáveis”, aponta em relatório.
O Santander também projeta uma alta mensal de 0,73%, impulsionado pelos preços de serviços.
“Apesar da inflação de curto prazo seguir menos pressionada na margem (inclusive nos núcleos), as expectativas de médio e longo prazo vem subindo, por conta das incertezas quanto a continuidade de reformas econômicas estruturais e o debate sobre metas de inflação”, destaca em seu relatório de perspectivas macroeconômicas.
Metas de inflação
O presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva travou uma batalha contra o 💥️Banco Central devido à taxa 💥️Selic, e as metas estão na mira do presidente.
Em janeiro, em entrevista a ✅GloboNews, o presidente afirmou que a meta de inflação era muito baixa.
“Você estabeleceu uma meta de inflação de 3,7% e quando faz isso é obrigado a arrochar mais a economia para poder atingir a meta. Por que não 4,5%, como nós fizemos?”, disse.
Na teoria, se a meta fica mais alta, a inflação do país – que está em 5,79% – estaria mais próxima do teto ou do centro e a Selic poderia ser reduzida.
No entanto, na prática, a história é bem diferente. O Itaú projeta que o Banco Central pode elevar a taxa Selic para um patamar de 15% caso o presidente insista na ideia de mudar a meta de inflação de 4,5% em 2024.
O banco destaca, em relatório, que elevar a meta de inflação do atual patamar seria percebido como pouco compromisso da política econômica, resultando em inflação mais alta à frente.
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