Fica tonto e vomita: o lado B da rota de ônibus mais longa do mundo

Pietra Carvalho

De Nossa, em São Paulo

02/06/2023 04h00

E Josué Ribeiro, de 40 anos, é um dos que assume o comando da cabine do ônibus em uma viagem que reserva alguns desafios.

Cusco, no Peru, por onde o ônibus passa, fica mais de 3.300 metros acima do nível do mar, em meio aos Andes peruanos.

O ar rarefeito, com menos oxigênio, causa sintomas desagradáveis como dor de cabeça, enjoo, dificuldade de respiração e fraqueza.

Sempre tem dois motoristas na frente, caso quem estiver no volante passe mal, principalmente na parte da Cordilheira. Tem umas serras que estão a 4 ou 5 mil metros de altitude e às vezes dá náuseas, o pessoal fica tonto. Na primeira vez que fui, senti, mas não foi nada tão extremo. Vamos nos acostumando com o passar dos dias

Outro desafio, segundo o motorista, é a segurança nas estradas no Peru, cheias de pontos cegos pelo relevo acidentado. É preciso abusar das buzinas nas curvas para alertar quem vem do outro lado.

Apesar das dificuldades, as vantagens superam os perrengues, segundo o motorista.

A visão é única. Na primeira viagem nessa rota, teve cliente que faria a ida de ônibus e voltaria de avião, mas gostou tanto que decidiu retornar com a gente também. É satisfatório saber que as pessoas estão vendo coisas novas. Eles querem muito ver as serras, filmar a Cordilheira, a mudança da parte da Amazônia para a parte que já é deserto. É surreal

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