Todo mundo ama o Tony: por que ainda seguimos obcecados por Bourdain
Isso porque sua visão de mundo, seus ensinamentos sobre viagens e gastronomia e a forma que moldou de se comunicar continuam a ser propagados em obras póstumas que seguem alimentando sua aura até hoje.
Nos últimos anos, pelo menos uma dezena de filmes e livros foram lançados no mercado para falar de Bourdain. Alguns por pessoas próximas a ele, como sua ex-assistente, Laurie Woolever.
Outros por nomes famosos, como o do vencedor do Oscar Morgan Neville, que dirigiu um documentário sobre sua fama, ou até de pessoas interessadas em pegar carona na sua acachapante fama.
controversa biografia não autorizada do escritor Charles Leerhsen, "Down and Out in Paradise: The Life of Anthony Bourdain" (ainda sem previsão de chegar ao Brasil).O livro criticado por pessoas próximas a ele traz detalhes novos e privados sobre sua vida, incluindo textos crus e angustiados dos dias anteriores à morte do apresentador.
O biógrafo traz à tona mensagens particulares enviadas por ele, em que o chef confessa coisas como: "Eu também odeio meus fãs. Eu odeio ser famoso. Odeio meu trabalho", como escreveu à sua ex-mulher Ottavia Busia-Bourdain, com quem esteve casado por 11 anos.
💥️Chef senta à mesa
💥️Vida nua e crua
Mas longe das telas e das redes sociais (era muito ativo no Twitter), sua vida pessoal também suscita interesse e grande curiosidade: um lado sombrio — de depressão e drogas — de uma trajetória invejável.
"A singularidade de sua celebridade e a rapidez de sua morte alimentaram uma dor incomumente intensa e duradoura", publicou a revista "The New Yorker". E ainda um interesse mórbido por sua intimidade.
Uma curiosidade um pouco perturbadora que relaciona uma vida tida como bem-sucedida a uma trajetória pessoal de certo fracasso em relacionamentos (como a conturbada relação com a atriz Asia Argento), em ter sido usuário frequente de drogas.
Foi o artigo sobre cozinha mais falado da história da revista, justamente porque expunha — com humor e certa crueza — os bastidores dos restaurantes que os clientes nunca poderiam imaginar.
Uma atitude de certa forma rebelde coroada por um olhar apaixonado e generoso pela comida e as pessoas por trás dela mantém seu influente legado até hoje.
"Seu amor por grandes aventuras, novos amigos, boa comida e bebida e as notáveis histórias do mundo fizeram dele um contador de histórias único" dizia o comunicado publicado pela CNN quando de sua morte. "Seus talentos nunca deixaram de nos surpreender".
As obras que continuam a ser publicadas abordando sua carreira e (principalmente) sua vida pessoal são prova de que tão pouco deixarão de causar surpresas por algum tempo.
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