Ele trabalha 7 meses para viajar o resto do ano pelo mundo de bicicleta
É assim que ele se sustenta durante os outros cinco meses do ano em que viaja sozinho de bicicleta pela América.
Pelos seus cálculos, já foram 38 mil quilômetros de pedaladas por praias, montanhas, florestas e cidades.
Conhecido nas redes sociais como @Bicicletaman, seu perfil no Instagram, Cristian tem 41 anos e começou a aventura em Anchorage, no Alasca, em julho de 2017, depois de ser demitido da empresa em que trabalhava em seu país.
Warmshowers, uma plataforma que oferece apoio aos cicloviajantes no mundo, e foi para a Espanha trabalhar. Retornou em novembro do ano passado, passou por Minas Gerais e segue pedalando pelo litoral até o Ceará.Em novembro deste ano pega o voo para Fortaleza, sobe na bike e toma o rumo da Colômbia e, talvez, da Venezuela. De lá ainda não sabe se irá para a Ásia ou a África.
✅A bicicleta nunca voltou à Espanha desde que fui para o Alasca. Ela sempre me espera.
O viajante bem à vontade em um salar
✅É uma área natural longe de tudo, com altitudes até 5.000 metros e muita areia. Era inverno e demorei uns cinco dias para atravessar o parque. As rajadas de ventos chegavam a 100 km/h, a temperatura durante o dia não ia além dos 5º C e, à noite, baixava para - 20º C. Cheguei à cabine de emigração para o Chile durante uma nevasca, morto de frio, sob os olhares incrédulos dos agentes da fronteira.
Como afirma em seu site www.bicicletaman.com, o objetivo de Cristian é dar a volta ao mundo de bicicleta. "O mal de ser nômade é que os relacionamentos são efêmeros e aprendi a dizer adeus com muita facilidade. Mas viajar de bicicleta nos ensina a viver com pouco e sem muitas preocupações. Isso cura a alma. Foi viajando de bicicleta que aprendi que o tempo é vida."
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