Em motinho de 125 cilindradas, ela cruzou os Andes e rodou 60 mil km
Nascida na paulista Sorocaba e atualmente vivendo em Urubici, em Santa Catarina, a dona do perfil @bizoviajante conta que o gosto por motos surgiu cedo, quando ainda não tinha idade suficiente para tirar habilitação.
Sua primeira moto — uma Yamaha NEO 115 cc automática - chegou aos 17 anos e era usada para o deslocamento até o trabalho.
Por estar infringindo leis de trânsito, logo o veículo foi apreendido em uma blitz. Tempos depois, com a carteira de motorista oficialmente em mãos, veio a nova moto, uma Honda NX200.
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A parceira de viagens entrou na vida de Rebeca há cerca de sete anos, depois de viver uma década com outra dona. O modelo Biz foi escolhido depois de um acidente com a NX200.
✅Fiquei com muitas dores no quadril e na perna direita. Tinha dificuldades para descer e subir em motos maiores.
Devido ao modelo com pilotagem "sentada", a motoneta acabou surgindo no radar. Apesar da versão de 100 cilindradas ser mais prática e econômica, Rebeca escolheu a de 125 cc, justamente porque queria pegar a estrada sempre que pudesse.
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💥️Viagens com cronograma aberto
A aventura pela América do Sul foi planejada, mas Rebeca não é detalhista. É que ela prefere viajar sem roteiro e cronograma fixos. "Primeiramente, defino o ponto de chegada e, só depois, analiso os locais que posso visitar no percurso até chegar onde quero", explica.
Assim, ela muda a rota sempre que se interessa por alguma cidade pelo caminho, principalmente por não saber quando terá oportunidade de aproveitar aquele local novamente. Nas suas andanças sozinha, tenta sempre conversar com moradores, conhecer locais que frequentam e experimentar comidas típicas dos lugares por onde passa.
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Rebeca, que tem a cênica Serra do Corvo Branco como quintal de casa, em Urubici, e já percorreu algumas das estradas mais lindas do Sul (Serra do Rio do Rastro e Serra do Faxinal) e do Sudeste (Rota Rastro da Serpente e Serra da Macaca), sonha percorrer a Rodovia Interoceânica, também conhecida como Estrada do Pacífico, que liga o estado do Acre ao litoral sul do Peru.
Nas rotas futuras está a Argentina, ainda sem data definida, para concretizar outro desejo: conhecer Ushuaia. "Já tenho rascunhos para a viagem. Quero também ir ao Deserto do Atacama. São dois locais que mexem com meu coração viajante e tenho roteiro traçado. Só me faltam tempo e um pouco mais de dinheiro", brinca.
Nada parece impedir as futuras viagens de Rebeca com Bizoca — nem mesmo o que lhe dizem sobre as aventuras. "Há quem me ache legal e corajosa por viajar de Biz, sem me preocupar. Já outros me dizem que atrapalho e coloco a vida das outras pessoas em perigo. São muitas opiniões, mas fico sempre com as boas, pois sigo as regras de trânsito e estou apenas buscando meus sonhos da forma que posso e incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo".
💥️Para sempre, Bizoca
A fim de atender as demandas da pousada que possuem em Urubici, Rebeca e o marido Weber Antonio adquiriam um Voyage 1987, carinhosamente apelidado de Azeitona graças à cor verde-musgo. Com ele, o casal já rodou 12 mil quilômetros em apenas um ano. Mas a dona da Bizona nem pensa em substituir duas por quatro rodas em tempo integral.
A motociclista até quer atualizar sua Biz para um modelo mais novo, avaliando especialmente o na manutenção. Mas Bizoca, hoje somando 100 mil quilômetros rodados, não vai perder seu posto. Quando a nova moto chegar, ela vai ganhar um lugarzinho especial na garagem de Rebeca, sempre disponível para reviver algumas experiências.
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