Egito aposta na moda e na cultura para reviver o turismo
Em outubro, o estilista italiano Stefano Ricci apresentou um desfile no Templo Mortuário de Hatshepsut, em Luxor.
Antes disso, as bandas pop americanas Maroon 5 e Black Eyed Peas se apresentaram na Necrópole de Gizé, que recentemente recebeu uma exposição de arte contemporânea. O moderno impulso cultural é uma nova direção para a imagem do Egito.
Foi parte do esforço do governo do presidente Abdel Fattah al-Sissi para reativar o turismo, que gera 10% do PIB do país e cerca de dois milhões de empregos, mas que foi afetado pela instabilidade política, pela turbulência econômica e pela pandemia do coronavírus.
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Apresentar a herança egípcia em um novo contexto "encorajará outras marcas internacionais e figuras culturais a virem ao Egito", afirmou a historiadora de arte Bahia Shehab.
O mercado de artigos de luxo do Egito cresceu, apesar dos anos de turbulência econômica, nos quais sua moeda, a libra, perdeu metade de seu valor em uma desvalorização em 2016.
Apesar do declínio, existem 86 bilionários no Egito, segundo o banco Credit Suisse. "O 1% mais rico é suficiente para gerar demanda", afirmou Ingy Ismail, consultora de várias marcas de luxo.
Egito transfere múmias a novo museu em desfile majestoso
As lojas nos shoppings das novas cidades-satélites do Cairo estão "à altura dos padrões das marcas internacionais de luxo", disse Ismail. A bolha dos egípcios ricos ajudou a criar uma cena de estilistas locais cujos pioneiros chegaram às passarelas de Milão e Paris.
Segundo Ismail, o mercado de roupas e joias de luxo "passou de menos de 100 marcas egípcias para mais de 1.000 hoje".
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