Cafu alega descumprimento de horários e tenta anular leilão de mansão
Pentacampeão mundial com a seleção brasileira, Cafu corre contra o tempo para evitar ter que entregas as chaves de sua mansão, vendida em leilão para o pagamento de dívidas.
No momento, ainda existe uma liminar do STJ que impede a expedição da carta de arrematação, o que trava a entrega das chaves ao novo comprador. Enquanto isso, a defesa do ex-jogador ainda trabalha para anular o certame.
Na última sexta-feira, a defesa do ex-lateral ingressou com um pedido urgente de liminar sob o pretexto de "necessidade de imediata anulação da arrematação".
PVC
Palmeiras não depende de si para ser tricampeão
José Paulo Kupfer
Recuo do mercado mostra chantagem da Faria Lima
Wálter Maierovitch
Bolsonaro permanecerá inelegível
Juca Kfouri
Deus é corintiano e, às vezes, injusto!
A alegação dos advogados de Cafu é que o leilão não respeitou algumas regras, como o horário previsto. Eles dizem que o edital dizia que o primeiro certame seria às 14h do dia 1º de outubro e o segundo 1 hora depois, às 15h, mas teve início 14h21, com término 15h41.
A primeira praça deveria ter lances de R$ 40 milhões, valor real do imóvel, e ter duração de 1 hora, o que não aconteceu. "Referido ato configurou evidente afronta ao ordenamento jurídico, ante a inobservância ao horário consignado em edital", disseram os advogados de Cafu.
A defesa do pentacampeão pediu que o leiloeiro responsável disponibilize à Justiça os arquivos eletrônicos e de multimídia do leilão para comprovar que os horários previstos no edital foram descumpridos.
Também acusaram outros vícios, como a notificação feita a Cafu sobre o leilão não respeitando os 5 dias de antecedência ordenados pela lei, o que inviabilizou a defesa do ex-lateral de se manifestar, e ainda um percentual de 6% considerado alto ao leiloeiro.
Cafu ainda se sentiu prejudicado pois o lance aprovado foi uma oferta com proposta de parcelamento, sendo que outros lances ofertados de maneira à vista foram ignorados. A proposta vencedora foi de R$ 20,27 milhões, quase metade do valor da mansão.
No último dia 16 de outubro, em decisão do juiz Bruno Paes Straforini, da 1ª Vara Cível de Barueri, foi oficializada a homologação do certame e rejeitados os dois últimos recursos apresentados por Cafu e sua esposa.
Continua após a publicidadeEles defendiam que o local é um bem de família, onde mora o casal e seus filhos, tornando, assim, o imóvel impenhorável. A Justiça, que já havia rejeitado essa tese, mais uma vez negou o recurso.
O juiz também deu ciência ao depósito de R$ 6,2 milhões feito pelo comprador da mansão, sendo que R$ 1,2 milhão foi endereçado ao leiloeiro responsável. O imóvel foi arrematado por R$ 20,2 milhões, metade do seu valor real, avaliado em R$ 40 milhões.
Para completar, o tribunal também pediu que mais duas penhoras sejam anotadas no processo, sendo uma do Banco Industrial e seus advogados, de R$ 1,5 milhão, e de outro credor, que também conseguiu bloquear mais R$ 615 mil. Os bloqueios na mansão ultrapassam o valor de venda.
O imóvel foi adquirido por uma imobiliária de São Paulo, que aguardava uma decisão da Justiça com a homologação do resultado do leilão para, agora, negociar a entrega das chaves por parte de Cafu.
No leilão, foram dados 15 lances, com quatro licitantes que participaram da concorrência. Nenhum deles fez ofertas na primeira rodada, que colocou o valor integral do imóvel em jogo, ou R$ 40 milhões. As propostas foram todas feitas na segunda chamada.
A mansão de Cafu tem 2.581 m², quatro andares, seis suítes, e possui piscina, quadra de futebol society, salão de jogos, sala de cinema, sala de troféus, saunas e elevador.
Reportagem
Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
O que você está lendo é [Cafu alega descumprimento de horários e tenta anular leilão de mansão].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments