Ministério Público espanhol pede retirada de imputação de Laporta por prescri&cc
O Ministério Público espanhol pediu hoje que seja retirada a imputação do presidente do FC Barcelona, Joan Laporta, do ‘caso Negreira’, por considerar que os possíveis delitos prescreveram em julho de 2023.
Segundo a agência noticiosa espanhola EFE, que teve acesso ao recurso, o departamento do Ministério Público destacado para a anticorrupção pede ao tribunal de Barcelona que revogue o auto em que é imputado a Laporta factos que terão prescrito, relacionados com o pagamento entre 2008 e 2010 ao antigo vice-presidente do Comité Técnico dos Árbitros, José Negreira.
De acordo com o recurso, o prazo de prescrição é de 10 anos e insiste que o delito não diz respeito a Laporta, uma vez que este não pode ser considerado responsável dos pagamentos das direções que lhe sucederam aquando da primeira passagem pela administração ‘culé’.
O auto judicial que dá ordem de investigação ao presidente do ‘Barça’ data de março de 2023, mais de 10 anos depois de ter deixado a presidência, em junho de 2010, tendo o tribunal insistido no desígnio em outubro, depois de o Ministério Público o ter excluído do caso.
Em outubro, o juiz Joaquín Aguirre, do Tribunal de Instrução número 1 de Barcelona, anunciou a intenção de investigar Laporta e os restantes elementos da sua direção, que assim se juntam a dois antigos presidentes do clube, Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, que já estavam indiciados.
A decisão do juiz contraria o Ministério Público que tinha excluído Laporta da investigação, por considerar que os pagamentos suspeitos feitos a José Negreira entre 2008 e 2010, durante o seu primeiro mandato, tinham prescrito.
Joaquín Aguirre entende que pagamentos são um “delito continuado” e considera que o período de prescrição deve ser contado a partir da data do último pagamento, que ocorreu em julho de 2018, altura em que o clube era liderado por Josep Maria Bartomeu.
Assim, o juiz defende que o “delito de efeito continuado” devem implicar todos os que lideraram o clube entre 2001 e 2018, uma vez que a entidade pagadora é sempre o FC Barcelona.
O ‘caso Negreira’ foi tornado público em março de 2023 e surgiu na sequência de investigações que o Ministério Público de Barcelona, segundo as quais José Negreira, antigo responsável da arbitragem espanhola, recebeu, através de uma empresa, quase sete milhões de euros por suposta assessoria, verbal, ao clube, entre 2001 e 2018.
De acordo com a justiça espanhola, o FC Barcelona "manteve um acordo verbal estritamente confidencial" com José Negreira, para que este, "a troco de dinheiro, realizasse ações tendentes a favorecer o FC Barcelona na tomada de decisões dos árbitros" nos seus desafios.
Este caso, no qual o clube catalão é associado ao crime de corrupção em negócios de forma continuada, vai ser apenso a um outro, resultado de uma denúncia apresentada nas últimas semanas pelo antigo árbitro e atual videoárbitro Estrada Fernández contra Negreira e a empresa Dasnil 95, por corrupção desportiva.
O ‘caso Negreira’ levou a UEFA a pedir esclarecimentos ao clube, e chegou a colocar em causa a participação do FC Barcelona na presente edição da Liga dos Campeões, na qual os catalães integram o Grupo H, juntamente com o FC Porto.
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