Análise Giro 2023: Healy consagrado à frente do ataque de Roglic e da INEOS a Evenepoel - Ciclismo
O ciclista irlandês Ben Healy (EF Education-Easy Post) venceu hoje a solo a oitava etapa da Volta a Itália, o maior triunfo da carreira, num dia marcado pelo ataque do esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) e da INEOS.
Healy, de 22 anos, cumpriu os 207 quilómetros entre Terni e Fossombrone em 4:44.24 horas, vencendo a solo após um ataque de longe que o distanciou da fuga do dia, em que o canadiano Derek Gee (Israel-Premier Tech) foi segundo e o italiano Filippo Zana (Jayco-AlUla) terceiro, ambos a 1.49 minutos.
Nas contas da geral, Roglic atacou os restantes favoritos e levou consigo os britânicos Tao Geoghegan Hart e Geraint Thomas, ganhando 14 segundos a alguns dos outros candidatos, ainda que o norueguês Andreas Leknessund (DSM) tenha segurado a camisola rosa, agora com apenas oito segundos de vantagem para o belga Remco Evenpoel (Soudal Quick-Step), segundo, e 38 para Roglic.
O português João Almeida (UAE Emirates) segue em quarto, a 40 segundos.
No que toca à luta pela geral, foi o I Cappuccini que decidiu nas duas passagens por esta contagem de montanha, primeiro pelo bloco da INEOS, que impôs um ritmo alto na primeira ocasião, a fazer lembrar os tempos em que ainda eram a Sky, e selecionaram o pelotão – e reduziram a ajuda para Evenepoel, o ‘alvo a abater’ do pelotão.
Mais tarde, já a fuga tinha garantido o triunfo – e Healy uma vantagem significativa para os restantes – e ‘Rogla’ decidiu atacar o campeão do mundo de fundo, humanizando-o com os dois INEOS a reboque.
Os segundos ganhos são mais simbólicos do que outra coisa, mas deram a primeira mostra de força ante um belga, campeão da Volta a Espanha em 2022, que parecia invencível, ainda para mais por parte do esloveno, com uma equipa alternativa após as principais escolhas falharem por doença, e dos homens da INEOS, que hoje perdeu o italiano Filippo Ganna devido à covid-19.
Mais à frente, Healy correu a etapa como se de uma clássica se tratasse e selecionou os homens da fuga, com muitos nomes ‘pesados’, a começar pelo francês Warren Barguil (Arkéa Samsic) ou o letão Toms Skujins (Trek-Segafredo), lançando um ataque que ninguém conseguiu seguir.
Foram cerca de 50 quilómetros sozinho que confirmaram as credenciais que já tinha mostrado nas clássicas das Ardenas, conseguindo um triunfo icónico aos 22 anos, na estreia em grandes Voltas.
“Estou muito feliz. Esta manhã pensei que seria uma boa etapa para ir para a fuga, lutei para escapar e consegui”, declarou o irlandês, que desde os primeiros quilómetros tentou e tentou e tentou até vingar a ‘sua’ fuga.
No domingo, o segundo contrarrelógio desta edição liga Savignano sul Rubicone a Cesena em 35 quilómetros, em novo teste para os candidatos à vitória final antes do primeiro dia de descanso, na segunda-feira.
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