Retrospectiva 2022: ano de recomeço e esperança para o Botafogo

Está para terminar um ano intenso para o Botafogo, de muitas emoções e mudanças profundas. No campo, o time saiu do medo do rebaixamento ao sonho quase realizado de voltar à Copa Libertadores. Fora dele, o clube passou pela, talvez, maior transformação de sua história.

2022 não foi um ano de grandes resultados, mas ficará marcado para os alvinegros por representar um novo começo de esperança. A temporada foi cercada de expectativas, algumas frustradas, e deixa a torcida ansiosa pelas possibilidades que 2023 pode apresentar.

Muitos podem defender que o ano do Botafogo não começou em janeiro, e sim em março. Foi quando John Textor assumiu oficialmente o clube ao assinar a compra de 90% da SAF recém-criada. O negócio colocou centenas de milhões no orçamento e tirou o clube de uma asfixia financeira que prometia ser fatal.

Essa mudança trouxe o americano como um novo personagem do clube. Ativo nas redes sociais, Textor caiu nas graças dos alvinegros, mas também ouviu cornetas e cobranças em momentos críticos do ano. O empresário tem como missão devolver o clube ao lugar de postulante de títulos no cenário nacional.

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Esse novo clube começou em março, mas só estreou em campo no Brasileirão, no mês seguinte. Antes disso, o "velho Botafogo" teve seu último ano no Campeonato Carioca desse ano. A equipe parou nas semifinais, mesmo com um time remendado e enfraquecido em comparação com o elenco da Série B do ano anterior.

Esse momento marcou de vez o início da era da SAF, porque foi quando Textor começou a tomar decisões impactantes, como a demissão do técnico Enderson Moreira e a quebra de contrato com quase todos os patrocinadores anteriores à chegada do americano.

Luís Castro ao lado de John Textor na chegada ao Galeão — Foto: Vitor Silva/Botafogo 1 de 1 Luís Castro ao lado de John Textor na chegada ao Galeão — Foto: Vitor Silva/Botafogo

Luís Castro ao lado de John Textor na chegada ao Galeão — Foto: Vitor Silva/Botafogo

Foi a partir daí que o Botafogo ganhou nova cara. Também na administração, com uma nova diretoria, mas, para a torcida, o impacto maior foi no futebol. Chegou um novo técnico, estrangeiro, com o aval para reformular por completo o departamento. Luís Castro foi chamado de "sócio" por John Textor e participou da montagem de um novo elenco.

O clube dispensou mais de 20 jogadores e contratou nada menos que 22 caras novas para o time principal. Sobre os jogadores que já estavam no clube antes da SAF, apenas Gatito Fernández e Daniel Borges mantiveram o posto como titulares. Um investimento total que passa dos R$ 70 milhões apenas com atletas. Alguns nomes tiveram peso, como Tiquinho Soares, Patrick de Paula, Marçal e Eduardo.

Só que, no meio desse investimento milionário, quem conquistou a torcida foi um garoto contratado para o time B: Jeffinho. Quando o elenco principal estava infestado de lesões, o atacante foi promovido, virou titular e foi comprado por apenas R$ 1,2 milhão. Hoje, ele é cotado pelo clube em mais de R$ 50 milhões.

A SAF trouxe investimentos e um nível de elenco que o Botafogo via como impossível no cenário anterior. O que é boa notícia. Mas, ao mesmo tempo, tantas novidades em conjunto trouxeram instabilidade que influenciaram no resultado. Ao ponto de um possível rebaixamento se tornar medo real.

O Botafogo frequentou muito pouco o Z-4, mas a proximidade levou a um princípio de crise. Luís Castro foi contestado por parte da torcida e sofreu pressão das redes sociais para deixar o clube. O clube bancou o treinador no meio dos resultados ruins e viu a equipe responder bem, subindo na tabela e no desempenho.

Depois de um primeiro turno oscilante, o clube embalou na reta final do campeonato. O ponto de virada começou na vitória sobre o Fortaleza, fora de casa, o primeiro jogo do novo camisa 9, Tiquinho Soares. O centroavante foi um dos destaques da parte decisiva da competição, quando o Bota teve desempenho de G-4.

A sequência de vitórias fez o clube sair do pesadelo de um possível rebaixamento ao sonho de disputar a Libertadores em 2023. O que não aconteceu por muito pouco. Os alvinegros foram para a rodada final do Brasileirão dentro da zona de classificação, mas uma derrota para o Athletico-PR, fora de casa, acabou com as chances.

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Para o próximo ano, a esperança é de consolidação desse novo momento em General Severiano. O Botafogo vai atrás de títulos e promete mais investimentos, tanto no elenco como, principalmente, na estrutura do clube. John Textor prometeu a construção de novos CTs para o profissional e para a base, além de uma reforma do estádio Nilton Santos.

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