Feito do Cruzeiro sobre Pelé foi divisor de águas para o time mineiro

A importância de Pelé para o futebol mundial deu o tamanho do feito e foi um divisor de águas na história do Cruzeiro. Por ter vencido o Santos, clube do qual o Rei é ídolo máximo, na final da Taça Brasil de 1966 (goleando no primeiro jogo por 6 a 2), o time mineiro iniciou a mudança de patamar nacional e internacional. O maior jogador de futebol de todos os tempos morreu nesta quinta-feira, aos 82 anos.

Natural da cidade de Três Corações, no Sul de Minas, Pelé nunca atuou pelos times mineiros. Mas marcou a história do Cruzeiro, no seu primeiro título nacional, e hoje considerado o primeiro Brasileiro.

Então atual pentacampeão nacional (1961 a 1965), o Santos era o favorito na decisão contra o jovem Cruzeiro, com jogadores que despontavam para o cenário nacional e que, depois, se tornaram ídolos eternos para a história cruzeirense, como Raul, Procópio, Piazza, Tostão, Natal e Dirceu Lopes.

Carrossel Pelé x Cruzeiro - Taça Brasil de 66 300 — Foto: Infoesporte 1 de 2 Carrossel Pelé x Cruzeiro - Taça Brasil de 66 300 — Foto: Infoesporte

Carrossel Pelé x Cruzeiro - Taça Brasil de 66 300 — Foto: Infoesporte

No jogo de ida, a grande surpresa. Com cinco gols no primeiro tempo, o Cruzeiro abriu 5 a 0. Levou dois no segundo tempo, mas fez o sexto, fechando o placar em 6 a 2, em noite mágica do "Príncipe" Dirceu Lopes, com três gols. Marcaram ainda Zé Carlos, Natal e Tostão. Toninho Guerreiro fez os dois do Santos, e Pelé foi expulso no segundo tempo, após falta em Piazza, seu principal marcador no jogo.

Jornais da época relatam que Pelé chegou a ser provocado pela torcida do Cruzeiro no Mineirão, após a goleada. O craque teria acenado mostrando os cinco dedos da mão, em referência ao pentacampeonato do Santos.

A concretização do sonho do Cruzeiro veio na segunda partida, no Pacaembu. O Santos abriu 2 a 0 com gols de Pelé e Toninho Guerreiro e já começava a pensar no terceiro jogo. Há relatos de que, no intervalo, os presidentes do Santos e da Federação Paulista de Futebol foram ao vestiário do Cruzeiro querendo marcar a data e local do duelo que definiria o título.

Parece ter o sido combustível para o Cruzeiro. No segundo tempo, uma virada histórica, com gols de Tostão, Dirceu Lopes e Natal, dando a taça do clube mineiro. A primeira grande conquista nacional do estado de Minas Gerais. O Rei do futebol, consagrado também pelos títulos da Copa do Mundo, venceu a de 1970, no México, jogando ao lado de Tostão e Piazza, também importantes na conquista do tri.

A partir daquela vitória, o Cruzeiro aumentou ainda mais a representatividade no cenário nacional e abriu portas para mais títulos. Na década de 1970, foi duas vezes vice do Brasileiro e campeão da Libertadores de 1976.

Depois, ganhou duas vezes a Supercopa da Libertadores, o bi da Libertadores, três Brasileiros (2003, 2013 e 2014) e seis Copas do Brasil (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018).

Assista: tudo sobre o Cruzeiro no ge, na Globo e no Sportv

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