Análise: defesa de pênalti dá ânimo ao Botafogo, que passa em primeiro teste de 2023
O Botafogo passou pelo Fluminense no primeiro grande teste da temporada 2023. 💥️A vitória por 1 a 0 no Maracanã pode ser dividida em dois momentos-chave na ótica alvinegra: o antes e o depois do pênalti de Calegari defendido por Lucas Perri ainda nos minutos iniciais do segundo tempo.
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Antes, a equipe comandada por Luís Castro tinha muita dificuldade para criar. Preso na marcação no meio-campo, o Botafogo só chegava ao ataque quando um dos defensores era obrigado a dar um chutão e Tiquinho Soares travava duelos físicos com os zagueiros no pivô, sempre sozinho e isolado. Foi assim, inclusive, que o camisa 9 conseguiu uma boa falta perto da área, que Gabriel Pires cabeceou perto da trave - a melhor chance do time no primeiro tempo.
Os primeiros 45 minutos não foram bons - também não foram lá uma tragédia, é importante ressaltar. O cenário do jogo foi ruim, já que o Fluminense também tinha um jogo muito amarrado no meio-campo. O lado do Botafogo, porém, ficou marcado por essa dificuldade de sair jogando e sair da marcação adversária no meio-campo.
1 de 2 Lucas Perri, Botafogo — Foto: André Durão/geLucas Perri, Botafogo — Foto: André Durão/ge
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Tudo mudou na questão anímica quando Lucas Perri defendeu o pênalti batido por Calegari aos seis minutos do segundo tempo. A partir disso, o Botafogo passou a ficar mais leve, passou a explorar os lados e achou espaços na defesa do Fluminense. A intervenção do camisa 1 deu ânimo para todos os outros jogadores.
Além da questão mental, também há o aspecto tático. Luís Castro substituiu as ineficazes bolas longas por passes direcionados. Ao trocar a bola na defesa, o time esperava o Fluminense subir para tentar pressionar e, neste momento, lançava para tentar encontrar um ponta saindo nas costas do lateral. Na maioria das vezes, o passe era muito forte ou a jogada era parada por impedimento. Mas ela só precisou dar certo uma vez: Tchê Tchê lançou para Victor Sá, que aproveitou a saída de Samuel Xavier para entrar livre e marcar.
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Com o controle do placar, o Botafogo reafirmou a estrategia de buscar o "contra-ataque perfeito". A bola era do Fluminense, enquanto o time de Luís Castro se defendia em busca das saídas em velocidade nas pontas. A equipe teve duas chances claras de marcar: Tiquinho errou um voleio após um cruzamento de Lucas Piazon e Carlos Alberto, depois de arrancar por todo o campo, chutou em cima de Fábio.
Nos minutos finais, porém, esse controle foi perdido. A equipe já não tinha a bola naturalmente, com o Fluminense tendo controlado boa parte da posse desde o começo, mas o Botafogo tentava atacar e arriscava descidas quando recuperava. Nos minutos finais, o time abdicou de subir e praticamente devolvia a bola para o rival de graça. Foi arriscado, mas o time de Fernando Diniz nada criou de forma efetiva.
Adryelson e Victor Cuesta foram dois protagonistas "silenciosos" pelo lado do Botafogo. Se o Fluminense pouco criou - com exceção do pênalti -, muito se passa pelo trabalho da dupla no Maracanã.
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O principal trabalho foi em isolar Germán Cano, principal arma ofensiva do time de Fernando Diniz. O camisa 14 deu apenas uma finalização na partida, um chute desviado e que foi facilmente defendido por Lucas Perri. Em campo, o brasileiro e o argentino se alternaram para acompanhar as movimentações do atacante.
Para segurar Jhon Arias, Luís Castro contou com Lucas Piazon para auxiliar Rafael no lado direito. O atacante pode não ter aparecido tanto na parte ofensiva, mas foi importante taticamente e no auxílio na marcação do colombiano, que também praticamente passou batido em campo.
2 de 2 Adryelson, Botafogo — Foto: Vítor Silva/BotafogoAdryelson, Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo
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