Fair Play Financeiro? Como o Chelsea gastou mais de R$ 3,3 bilhões em reforços

O Chelsea investiu quase 330 milhões de euros — R$ 1,8 bilhão — em contratações só na última janela de transferências de inverno, 💥️encerrada nesta terça-feira nos principais mercados. Levando em consideração também o período de verão da temporada 2022/23, foram mais de 611 milhões de euros, ou R$ 3,3 bilhões. Como isso foi possível, levando em consideração as regras de Fair Play Financeiro na Inglaterra e na Europa?

💥️+ Janela de transferências na Europa reforça poderio financeiro da Premier League; veja resumo

Chelsea investiu mais de 320 milhões de euros só na janela de transferências de inverno — Foto: Reuters 1 de 2 Chelsea investiu mais de 320 milhões de euros só na janela de transferências de inverno — Foto: Reuters

Chelsea investiu mais de 320 milhões de euros só na janela de transferências de inverno — Foto: Reuters

💥️+ Como foi o último dia da janela de transferências de inverno

Existem dois aspectos: um prático, outro contábil. Em primeiro lugar, a estratégia do clube inglês para não se complicar financeiramente foi distribuir o pagamento das transferências o máximo possível. Na contratação do meia Enzo Fernández junto ao Benfica, por exemplo, o Chelsea vai dividir os 121 milhões de euros em seis partes, com uma inicial maior, segundo o jornal "The Telegraph".

Do ponto de vista contábil, a jogada está relacionada à amortização. Este é um custo que todo clube de futebol precisa colocar em seu balanço financeiro, depois de contratar atletas.

Funciona assim: se um clube compra os direitos de um jogador por 100 milhões de euros, e este atleta tem cinco anos de contrato, essa quantia é amortizada em parcelas iguais a cada ano. 20 milhões no primeiro, 20 milhões no segundo, assim sucessivamente.

A partir do momento em que o Chelsea toma a decisão de dar contratos de sete a oito anos para seus novos reforços, como é o caso de Enzo, essa amortização se divide em mais vezes e passa a ter parcelas menores.

Com um custo contábil mais baixo, a diretoria reduz também potencial prejuízo que terá ao término de cada exercício, e assim escapa de eventuais sanções do fair play financeiro.

Outro exemplo: 💥️quando fechou com o meia-atacante Mudryk, por 70 milhões de euros (pode chegar a 100 milhões), o Chelsea assinou contrato válido por oito anos e meio, até junho de 2031. 💥️No caso do zagueiro Badiashile, o vínculo vai até junho de 2029.

💥️Com isso, a amortização das transferências não gera problemas com as regras do Fair Play Financeiro, porque suaviza os balanços anuais.

Por outro lado, as receitas geradas por vendas de atletas são contabilizadas de uma só vez — o que é ainda melhor se o clube já tiver pago o que prometera no passado por determinado jogador , ou se ele for formado nas próprias categorias de base.

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O Chelsea também se beneficiou do escalonamento dos regulamentos de sustentabilidade e licenciamento de clubes da Uefa. O novo limite de gastos de 70% da receita anual para salários de jogadores, transferências e comissões de agentes ainda não entrou em vigor — o atual é de 90%.

As autoridades responsáveis por regular o futebol da Europa se preparam para fixar um limite máximo de cinco anos para o tempo em que o valor da transferência de um jogador pode ser quitado.

Em setembro do ano passado, a Uefa considerou que o Chelsea cumpriu os requerimentos de equilíbrio financeiro após medidas tomadas durante a pandemia de Covid-19. 💥️A Uefa puniu outras agremiações com multas, mas com um percentual baixo a ser pago imediatamente.

Mudryk com camisa do Chelsea e bandeira da Ucrânia em apresentação à torcida no Stamford Bridge — Foto: REUTERS/Tony Obrien 2 de 2 Mudryk com camisa do Chelsea e bandeira da Ucrânia em apresentação à torcida no Stamford Bridge — Foto: REUTERS/Tony Obrien

Mudryk com camisa do Chelsea e bandeira da Ucrânia em apresentação à torcida no Stamford Bridge — Foto: REUTERS/Tony Obrien

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Por outro lado, o Chelsea se beneficiou economicamente nos últimos anos das conquistas da Champions League 2023/21 e da Supercopa da Europa de 2023, que ampliaram as possibilidades de investimento em 119 milhões de libras. Além disso, o clube arrecadou 60 milhões de libras com as vendas de Tammy Abraham e Fikayo Tomori.

O último balanço financeiro divulgou pelo Chelsea é de 2023/21. O clube corre o risco de ter problemas financeiros na temporada que vem se não se classificar para os torneios europeus. 💥️No momento o time está na décima posição na tabela da Premier League, com 29 pontos, 10 atrás do Manchester United, o primeiro integrante do G-4.

O clube é de propriedade do empresário americano Todd Boelhy e do fundo de investimentos Clearlake Capital desde maio do ano passado. O consórcio pagou 4,25 bilhões de libras (R$ 26,7 bilhões na época) para comprar o Chelsea do oligarca russo Roman Abramovich.

Enzo Fernández (meio-campista) - 121 milhões de eurosWesley Fofana (zagueiro) - 80 milhões de eurosMykhaylo Mudryk (atacante) - 70 milhões de eurosMarc Cucurella (lateral-esquerdo) - 65 milhões de eurosRaheem Sterling (atacante) - 56 milhões de eurosBenoît Badiashile (zagueiro) - 38 milhões de eurosKalidou Koulibaly (zagueiro) - 38 milhões de eurosNoni Madueke (atacante) - 35 milhões de eurosMalo Gusto (lateral-direito) - 30 milhões de eurosCarney Chukwuemeka (meio-campista) - 18 milhões de eurosAndrey Santos (meio-campista) - 12 milhões de euros Pierre-Emerick Aubameyang (atacante) - 12 milhões de eurosDavid Datro Fofana (atacante) - 12 milhões de eurosJoão Félix (atacante) - 11 milhões de euros pelo empréstimoGabriel Slonina (goleiro) - 9 milhões de eurosDenis Zakaria (volante) - 3 milhões de euros pelo empréstimo

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