Diretor do Ceará defende público misto no Clássico-Rei: "Fomos referência na retomada do público"
O Ceará solicitou divisão 60/40 para o Clássico-Rei de 7 de fevereiro, pelo Campeonato Cearense. A proposta vai de encontro à determinação do Ministério Público do Estado do Ceará, que encaminhou recomendação de torcida única. Responsável pela operação de jogos e eventos do Vovô, Veridiano Pinheiro, diretor de promoções e atividades sociais do Vovô, opinou sobre a recomendação da Secretaria de Segurança.
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1 de 2 Torcida do Ceará 2023 — Foto: Kid Júnior/SVMTorcida do Ceará 2023 — Foto: Kid Júnior/SVM
- Participamos da primeira reunião, que foi uma reunião online, Ceará sempre se posicionou a favor das duas torcidas, mesmo sendo o mandante. A gente entende que o espetáculo Clássico-Rei não pode ser penalizado com isso. Se tornar torcida única, vai perder totalmente a essência. Tivemos uma reunião presencial e evoluímos bastante com isso e a terceira reunião foi essa, onde seria apresentado o plano de ação. Fomos surpreendidos com o ofício da Secretaria de Segurança, respeitando, pois é o maior órgão da torcida do Estado, mas passamos nosso plano de ação, como já estava programado - afirmou.
Por questão de segurança, o Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE), por meio do Núcleo de Defesa do Desporto e do Torcedor (Nudtor), encaminhou determinação no início da semana para Federação Cearense de Futebol (FCF) de que o Clássico-Rei seja realizado com torcida única, somente com o público do mandante, o Ceará. O diretor acredita que os clubes têm capacidade de realizar o evento com torcida mista.
- Temos competência para isso, nos preparamos para isso, fomos referência na retomada do público e seguimos todas as regras, montamos o protocolo, por que não temos credibilidade para montar um evento para 15 mil pessoas, onde já montamos vários eventos para 60 mil? Por que seria esse? Só porque é no Presidente Vargas? Não. Estamos preparados para cada situação. Onde acontecer, vamos estudar a melhor entrega e logística e vamos estar preparados para isso. Contamos com apoio, porque eu como cidadão ficaria muito triste se não tivesse esse apoio, porque tivemos outros eventos aí como Réveillon e pré-carnavais, outros que tiveram a segurança garantida, por que o futebol não teria? - completou.
2 de 2 Veridiano Pinheiro, diretor do Ceará — Foto: ReproduçãoVeridiano Pinheiro, diretor do Ceará — Foto: Reprodução
Veridiano Pinheiro ainda relembrou o episódio de retomada do público após a pandemia, afirmando que os clubes cearenses foram casos de sucesso no caso e têm respaldo para realizar o jogo com as duas torcidas no estádio.
- Tivemos uma atuação importante no episódio da retomada do público, que era uma situação sanitária. Os dois clubes juntos foram lá fora, ninguém foi lá fora, mas nós fomos juntos ver o que estava acontecendo. Inovamos no protocolo de segurança, estimulamos as pessoas a se vacinarem, cumprimos tudo ao pé da letra e fomos referência também no Brasil. Por que não temos capacidade para fazer o Clássico-Rei para 15 mil pessoas? Será que não temos credibilidade para apresentar um plano e levar isso para os órgãos de segurança?
- Independente da resposta, os clubes têm algumas decisões tomadas. O interesse é resguardar o torcedor, manter a essência do Clássico-Rei e garantir as duas torcidas nos jogos de Ceará e Fortaleza.
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