Análise: Fluminense volta a sofrer com bolas nas costas da defesa e liga alerta após segunda derrota
Pelo terceiro jogo consecutivo, o roteiro foi o mesmo para o Fluminense na derrota por 1 a 0, para o Volta Redonda, na noite da última quinta-feira, no Raulino de Oliveira. O Tricolor atuou no campo adversário, teve posse, mas em vários momentos, principalmente no segundo tempo, deu mostras de não saber o que fazer com a bola.
Como castigo pela falta de criatividade, sofreu um gol com bola nas costas da defesa, que acabou exposta com quase todo o time à frente da linha do meio de campo em quase todo o jogo.
1 de 3 fluminense, eduardo barros, volta redonda — Foto: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FCfluminense, eduardo barros, volta redonda — Foto: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC
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Com o time titular em campo e dando fim ao rodízio após a derrota para o Botafogo no clássico, o Fluminense teve como novidade o atacante Keno no setor ofensivo no lugar de Yago Felipe.
Sem Fernando Diniz, suspenso, e com Eduardo Barros no comando da equipe, o Fluminense até criou boas oportunidades com Manoel no início do jogo. Mas passou a evidenciar cedo as brechas defensivas com o time todo avançado.
Fábio, um dos poucos que se salvaram em campo, teve trabalho e fez boas defesas para evitar as investidas do Volta Redonda, que atuou recuado e apostando nos contra-ataques.
Se no primeiro tempo o Fluminense saiu ileso das bolas lançadas nas costas da defesa, na segunda etapa, o cenário mudou rápido. Aos três minutos, Luciano Naninho deu belo lançamento por cima para Lelê. O artilheiro do Carioca levou a melhor em disputa com Calegari e tocou na saída de Fábio para abrir o placar.
Assim como aconteceu no empate com o Boavista e na derrota para o Botafogo, o gol saiu com a equipe adversária explorando o avanço tricolor, nas costas da marcação, por mais que em situações distintas, como tentou justificar o auxiliar Eduardo Barros.
- Os três gols têm naturezas diferentes. Contra o Boavista, foi uma bola longa a partir do tiro de meta. O gol do Botafogo, instantes antes, a bola estava com a gente. Perdemos e aí teve a construção deles. A nossa equipe titubeou após a perda da bola, sim. O gol de hoje... era um lance que a gente poderia ter matado a jogada se o Nino não tivesse sido punido erroneamente com o cartão amarelo. A partir daí, tem uma bola com ótimo aproveitamento do Lelê. Não consigo amarrar esses lances com a questão emocional. A gente tem de saber separar cada acontecimento e fazer os ajustes necessários - disse.
2 de 3 andré, fluminense, volta redonda — Foto: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FCandré, fluminense, volta redonda — Foto: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC
Se na parte defensiva o Fluminense deixa a desejar com os espaços, na ofensiva, o cenário não melhora. Por mais que o time não abandone a característica de controlar o jogo, não é possível ver as heranças de 2022 daquela equipe que trocava passes curtos, trabalhava em blocos com o objetivo de abrir espaços e até encantava por vezes. Principalmente no segundo tempo em Volta Redonda, vimos um jogo cansativo, de pouca criação, muito pela falta do grande futebol do Ganso.
Keno e Arias mostraram vontade, se movimentaram bastante no ataque, mas foram minados pela falta de articulação do meio. Cano, que em vários momentos recuou para buscar o jogo, praticamente não teve oportunidades.
3 de 3 Cano contra o Volta Redonda — Foto: Marcelo Gonçalves/FluminenseCano contra o Volta Redonda — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense
Qualquer crítica neste início de temporada pode ser excessiva por todo o contexto. É preciso dosar em tudo. Mas os últimos três jogos sem vitórias, com um empate e duas derrotas, ligam um sinal de alerta para o time, que vem virando presa fácil para adversários que atuam com o bloco baixo neste começo de ano.
- São muitos ajustes finos que precisam ser feitos. Eles vão vir com o tempo. Nunca é fácil furar bloco baixo. O Volta Redonda é um time bem treinado, os jogadores se dedicam muito. Assim, é difícil. No primeiro tempo, entramos na linha de defesa e tivemos algumas chances. Faltou o gol. Não faltou produtividade. Cruzamos e finalizamos algumas vezes. Se a gente tivesse em um momento emocional melhor, teríamos feito o gol - disse Eduardo Barros.
O Fluminense volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Audax na sétima rodada do Campeonato Carioca. A partida será às 18h (de Brasília), no Maracanã. O Flu é o quarto colocado, quatro pontos atrás do líder Flamengo, além de estar com um ponto na frente do Bangu e dois na frente do Vasco, que tem um jogo a menos.
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