Justiça nega pedido de Athletico e Coritiba para jogadores não deporem após pancadaria
Athletico e Coritiba tiveram o pedido negado pela Justiça para impedir que oito jogadores expulsos no clássico tivessem que depor na💥️ Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos, da Polícia Civil. A Demafe havia prometido indiciar os atletas brigões após a pancadaria pela sétima rodada do Campeonato Paranaense, na Arena da Baixada.
No mesmo dia da denúncia, representantes dos dois clubes estiveram na Demafe e ofereceram ações em conjunto para repudiar a violência. A Demafe, contudo, optou em dar seguimento no processo.
Sem acordo, Coxa e Furacão entraram com um pedido de habeas corpus em nome dos atletas. A ideia era prestar esclarecimentos em outro local para evitar constrangimento, além de danos a imagem dos citados e do futebol paranaense.
As partes também questionaram a denúncia por crime de rixa, já que todos os envolvidos foram identificados e alegam que a conduta dos jogadores foi praticada em uma partida de futebol, de cunho disciplinar perante a Justiça Desportiva e que não cabe ao Judiciário apurar.
A Demafe ressaltou que intimou os oito jogadores a prestarem depoimento e assinar um termo circunstanciado na segunda-feira. O 💥️ge apurou que os expulsos vão depor pela manhã.
Além do pedido de liminar, Athletico e Coritiba também pediram o “trancamento” do procedimento criminal. O 💥️ge procurou o odvogado criminalista e professor de direito penal, 💥️Jeffrey Chiquini, para explicar o caso.
- Os intimados não são obrigados a comparecer na delegacia para depor. Cabe agora aos clubes decidir por apresentar, ou não, os jogadores à delegacia. O direito ao silêncio é garantia fundamental, e o ordenamento vigente proíbe a condução coercitiva. Além do mais, o fato parece não constituir crime de rixa, pois que não houve uma briga generalizada, mas um fato com pessoas determinadas. O próximo ato procedimental é encaminhamento das peças investigativas ao Ministério Público para que se manifeste sobre a possibilidade de arquivamento (por atipicidade do fato) ou oferecimento de transição penal (medida despenalizadora), disse.
Chiquini também é advogado do atacante Alef Manga, que não iria depor. Depois de conversas Coritiba, o atacante se juntará aos outros dois jogadores.
O delegado 💥️Luiz Carlos de Oliveira, por outro lado, afirmou ao 💥️ge que o atleta que não for será enquadrado em flagrante pelo crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal, com pena de 15 dias até 6 meses de detenção e multa.
Segundo o delegado, os atletas estão sendo enquadrados no 💥️artigo 137 do Código Penal: participar de rixa, salvo para separar os contendores. Pena: detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. A intimação foi realizada após o Demafe analisar todas as imagens, conforme explicou Oliveira.
Os jogadores intimados são os zagueiros 💥️Thiago Heleno e 💥️Pedro Henrique, o volante 💥️Christian, o lateral-esquerdo 💥️Pedrinho e o meia💥️ Davi Terans, do Furacão, e o zagueiro 💥️Marcio Silva, os atacantes 💥️Alef Manga e 💥️Fabrício Daniel, do Coxa.
Os clubes, agora, aguardam um posicionamento do departamento jurídico sobre a ida dos atletas à delegacia. Por isso, o Coritiba pediu auxílio do escritório do advogado Renê Dotti.
1 de 1 Athletico-PR x Coritiba Paranaense — Foto: Robson Mafra/AGIFAthletico-PR x Coritiba Paranaense — Foto: Robson Mafra/AGIF
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Na reta final do clássico, aos 51 minutos, Marcio Silva (Coxa) e David Terans (Furacão) começaram a se estranhar perto da área. Logo depois, o alviverde Alef Manga entrou na confusão com Terans e provocou uma reação de jogadores atleticanos, como Pedro Henrique e Thiago Heleno.
A partir daí, atletas das duas equipes se envolveram em discussões e empurrões espalhadas pelo gramado. O rubro-negro Pedrinho chegou a acertar um chute em Manga e depois foi perseguido por atletas coxa-brancas. Pedro Henrique e Fabrício Daniel também trocaram socos.
Um torcedor do Athletico ainda invadiu o campo e, depois de agredir o goleiro Marcão, do Coritiba, foi contido pelos seguranças particulares. 💥️De acordo com a Demafe, ele será punido por um ano de frequentar os estádios. Outros dois torcedores chegaram a entrar no gramado e foram encaminhados a Demafe.
Após 14 minutos, a arbitragem se reuniu com dirigentes e os capitães dos dois clubes. As partes deliberaram, e o árbitro Jose Mendonça da Silva Junior suspendeu o jogo - tinham apenas mais dois minutos para jogar do acréscimo dado.
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