No Flamengo questionado em vários setores, Vítor Pereira segue no plano de longo prazo

Apesar da forte pressão pelos maus resultados e futebol inconsistente, Vítor Pereira ainda não balança no Flamengo. Os questionamentos se estendem a Rodolfo Landim, Marcos Braz e Bruno Spindel. O treinador tem o respaldo do trio e de outras vozes influentes no futebol, que convergem na ideia de que a sequência do português é o melhor. O apoio não se dá em manifestações oficiais, mas ganha eco tanto na diretoria quanto nos atletas.

Landim não fala após as derrotas, evita entrevistas, mas é entusiasta do trabalho do português - 💥️o ge tentou, sem sucesso, contato com o presidente nesta quarta. Nem mesmo um eventual revés contra o Vasco, domingo, no Maracanã, faz a diretoria pensar em demissão no momento.

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O estadual, porém, ganhou novo peso. A menor das prioridades se tornou oportunidade para o Flamengo atenuar uma sequência de frustrações. Os próximos clássicos e as semifinais se oferecem como chances para a equipe tentar vitórias convincentes e a apresentação de um futebol adequado ao investimento. O português terá os próximos jogos para avançar nas mudanças que ensaiou especialmente contra Botafogo e Independiente del Valle.

1 de 1 Vitor Pereira, técnico do Flamengo — Foto: André Durão

Vitor Pereira, técnico do Flamengo — Foto: André Durão

No domingo, o time pode conquistar o primeiro troféu do ano. Se vencer o Vasco, garante a Taça Guanabara e dá um respiro a mais a Vítor Pereira, diretoria e jogadores após sequência de insucessos.

A diretoria garante respaldo e sequência ao treinador, mas há pressão pela demissão nos corredores da Gávea. Tanto internamente, com movimentações políticas, como no barulho das redes sociais e em grupos no Whatsapp de diferentes correntes.

O clube já começa a viver a eleição de 2024 mesmo ainda a 21 meses do pleito. Dentro da situação há dois atores políticos importantes em evidência como eventuais candidatos. Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-presidente geral, e Luiz Eduardo Baptista, presidente do Conselho de Administração. Essa indefinição, em meio a preferência por um ou outro, traz instabilidade e desconforto.

O Flamengo entende que há uma divisão de responsabilidades pelos recentes fracassos, mas se vê em dívida com Vítor Pereira. Quer entregar o quanto antes a ele dois reforços: um volante e um extremo pela direita. O nome do atacante é público: trata-se de Ângelo, do Santos e de 18 anos de idade. O do outro, porém, é guardado a sete chaves.

A contratação de um volante forte no combate e com disposição para cobrir espaços tornou-se prioridade principalmente após a saída de João Gomes. O atacante de lado já era um pedido de Vítor Pereira desde o início do trabalho.

A exemplo do que aconteceu após Supercopa do Brasil e Mundial de Clubes, Rodolfo Landim não se pronunciou em zonas mistas ou em coletivas. O ge tenta contato com o presidente desde a disputa do torneio internacional no Marrocos, mas não obteve retorno.

Após conceder entrevistas no Marrocos, Marcos Braz também não falou após o revés diante dos equatorianos, mas conduziu a conversa no vestiário. Único dirigente a se manifestar perante ao grupo, Braz mostrou confiança em Vítor Pereira e discursou aos atletas no sentido de que confia num cenário de reversão, principalmente pautado no que o Flamengo fez nas últimas temporadas. Deu o ano de 2022 como exemplo óbvio para buscar a recuperação e rechaçar o desânimo que a sequência negativa poderia trazer.

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Pelos dirigentes que o respaldam, Vítor Pereira é visto como um treinador top, um líder técnico capaz de reconstruir o Flamengo e devolver ao clube títulos de grande relevância. Há muito otimismo de que o Rubro-Negro voltará a ser campeão no fim do ano. Em entrevista ao ge em 9 de fevereiro, dois dias após a queda na semifinal do Mundial, Marcos Braz foi enfático.

- A contratação do Vítor foi com convicção, isso é o mais importante para deixar claro. Não é porque perdemos duas finais que vou mudar meu discurso. O Vítor não é um nome analisado no curto prazo pelo Flamengo. Já conhecia o trabalho dele, assim como do Jorge Jesus. O Vítor ficou conhecido no Brasil pelo trabalho do Corinthians, mas nós já tínhamos outra análise sobre ele (inclusive foi um dos avaliados para substituir Renato Gaúcho no início de 2022)

Não há mais o que se remoer, as principais disputas do semestre ficaram para trás, e restam ao Flamengo os clássicos e a tentativa de conquistar o Carioca, antes simbólico e agora com caráter paliativo. O próximo desafio é duro. Pela frente há um Vasco em ascensão, e o Rubro-Negro novamente se vê pressionado. Vencer, mais uma vez, é urgente para diretoria, jogadores e Vítor Pereira, todos alvos de questionamentos.

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