Ídolo de Marcelo no Fluminense, Rodolfo relata surpresa com reação do lateral: "Felizaço"

Enquanto folheia o livro "Xerém - Guerreiros Nascem Aqui", Marcelo comenta sobre alguns jogadores que ele vê e se recorda dos tempos que atuava nas divisões de base do Fluminense. Ao chegar na página 106, para e fala: "Aí, Rodolfo, cara. Rodolfo era ídolo, né? A gente ia para o Maracanã ver o Rodolfo. Zagueiro, canhoto, muita qualidade".

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Essas quatro frases pegaram Rodolfo Dantas Bispo de surpresa em Lagoa Santa, onde vive com a família aos 40 anos, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Depois de sair do Flu, em 2004, um ano antes da estreia do lateral-esquerdo que retorna ao clube, o ex-zagueiro rodou por Ucrânia, Rússia, voltou ao Brasil para atuar por Grêmio e Vasco, e retornou à Rússia, onde encerrou a carreira.

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- Eu estava vendo os (no Instagram) do Julio Cesar, atacante que ele menciona também, e achei muito legal. Fui procurar o vídeo na Flu TV e comecei a assistir. Estava meio desatento porque o Marcelo é aquela figura e quando ele começou a falar da galera da nossa época me lembrei que estava no livro, mas não imaginei que ele iria falar do jeito que falou. Fiquei "felizaço" e até muito surpreso, sendo bem sincero. Em Xerém, ele sempre foi um fenômeno e uma cabeça muito tranquila. E quando ele fala eu fico até emocionado.

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1 de 2 Rodolfo comemora gol pelo Fluminense — Foto: Reprodução

Rodolfo comemora gol pelo Fluminense — Foto: Reprodução

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- Depois eu fui para a Rússia, tentei voltar para o Fluminense que tinha um elenco muito bom, tinha acabado de ser campeão e não tinha vaga para mim. Eu fui para o Grêmio, depois Vasco e voltei para a Rússia. Sempre acompanhei o Fluminense, tenho um carinho gigantesco. Foi o clube que me revelou, que me deu a oportunidade de ter tudo que tenho na minha vida hoje na questão material. Outras equipes e pessoas também, mas o Fluminense foi o grande divisor de águas na minha vida. Fiquei muito feliz e desejo todo a sorte do mundo para o Marcelo. Ele continua sendo um fenômeno.

Autor de 11 gols pelo Fluminense 💥️(todos podem ser vistos no vídeo acima), mais da metade em cobranças de falta, Rodolfo também foi revelado na base tricolor e tem lembranças de Marcelo nos tempos de garoto. Depois de ir para o Dínamo de Kiev, o ex-zagueiro voltava com frequência ao Brasil para ver os jogos do Flu e tem "quase certeza" que viu Marcelo em campo uma vez com a camisa tricolor.

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Quando retornou ao Brasil para jogar no Grêmio, em 2011, Rodolfo bem que tentou se juntar ao elenco do Fluminense campeão brasileiro no ano anterior. Mas, com o elenco fechado, não encontrou espaço. No Rio Grande do Sul e, depois, no Vasco da Gama, teve que lidar com as lesões características de quem volta a um calendário tão desgastante como o brasileiro. Para ele, essa deve ser a principal preocupação para Marcelo nessa volta ao Brasil. Sobre a qualidade do camisa 12, não há dúvidas, muito menos que o técnico irá encontrar lugar para ele no time.

- O Marcelo vai ter que fazer um trabalho (físico) muito forte. Não tenho dúvida de que ele vai voar. Mas todo mundo que volta sofre com lesões. O cara que fica muito tempo lá fora sofre com o calendário. Tenho certeza absoluta que ele (Diniz) vai achar um lugar para o Marcelo. O mais adequado hoje seria ele numa posição mais avançada, fechando um pouquinho do meio de campo, virando um volante, meia ou lateral esporadicamente. Diniz sabe muito bem como vai fazer isso. Tenho certeza absoluta que quando esse cara entrar em campo e começar a trocar passes com aquela galera vai ficar bonito.

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Além de conviver com Marcelo brevemente em Xerém, Rodolfo também esteve junto de Fernando Diniz no time profissional. Apesar de ter sido por pouco tempo, foi o suficiente para ele deduzir que o temperamento do então jogador era diferente dos demais.

- Convivi pouco tempo com ele, mas já percebia que ele tinha um comportamento completamente diferente. Eu peguei algumas situações. Acho que num jogo no Paraná a gente perde o jogo e ele fica louco, sai xingando todo mundo no vestiário, bufando. E eu falei que esse cara era diferenciado. No vestiário o pessoal falava para não dar mole porque ele cobrava mesmo. E ele tinha isso desde 20 anos atrás. É um cara predestinado. Sempre teve isso na cabeça e só foi um gancho para ser treinador hoje.

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2 de 2 Rodolfo no livro sobre as revelações do Fluminense em Xerém — Foto: Davi Barros/ge

Rodolfo no livro sobre as revelações do Fluminense em Xerém — Foto: Davi Barros/ge

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Marcelo ainda não tem data confirmada para a estreia pelo Fluminense. A expectativa do clube é que ele chegue ao Rio entre os dias 10 e 15 de março. A primeira partida no retorno, porém, não está definida. A tendência é que ele atue pelo clube apenas depois do Campeonato Carioca já que não joga desde 11 de janeiro.

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