Copa do Brasil raiz 2: Ronaldo fenômeno

Esta semana fui brindado com uma tarefa dentre as que mais adoro: acompanhar a primeira fase da Copa do Brasil, mais detidamente entre times que não estão na elite do nosso futebol. Minha segunda parada foi no duelo entre Atléticos campeões. O anfitrião, de Alagoinhas, bicampeão baiano, mas que já não poderá ser tri; o visitante, goiano, que ainda luta pelo bi e se prepara para a Série B, sonhando com a volta à elite. Pelo momento, o rubro-negro era favorito - e, de resto, acabou exercendo essa condição com o 0 a 0 mantido, em grande parte, pela atuação fenomenal de Ronaldo, goleiro do Goianiense. Mas o Atlético baiano esteve bem mais perto de avançar na Copa do Brasil, e não o fez porque Ronaldo mereceu mais a conquista da vaga.

Atlético-BA x Atlético-GO — Foto: ASCOM AAC/Mr Fotografia 1 de 1 Atlético-BA x Atlético-GO — Foto: ASCOM AAC/Mr Fotografia

Atlético-BA x Atlético-GO — Foto: ASCOM AAC/Mr Fotografia

Já no primeiro tempo fiquei com a sensação de que o Atlético de Alagoinhas surpreendeu seu xará goiano. O técnico Eduardo Souza, enfim efetivado após uma eternidade como auxiliar do clube, deve ter acompanhado o oponente nesta temporada - e a campanha do Atlético-BA foi muito fraca e conturbada. O time está no terceiro treinador em dois meses - depois de Agnaldo Liz e Zé Carijé, á e vez de Rodrigo Chagas tentar acertar o time. Foi o primeiro time fora da zona de rebaixamento do Baiano, e quase caiu após empatar com o frágil Doce Mel. Com Rodrigo, o time conquistou a primeira vitória em cinco jogos na Copa do Nordeste, diante do Campinense, em casa. O Atlético-BA, com o novo comandante, dá alguns sinais de que pode evoluir, mas o Atlético-GO era favorito.

E aí os visitantes saíram para definir a classificação, tiveram uma boa chance de cara, com Airton. Mas logo o Atlético-GO respondeu com um chutaço de Lucas Alisson para o primeiro "milagre" de Ronaldo, tocou na bola, que ainda explodiu na trave. O Atlético-GO, em dois contra-ataques, poderia ter decidido o jogo com mais tranquilidade - chute de Luiz Fernando para fora, e de Shaylon para boa defesa de Fábio Lima. Mas, mesmo com pouca penetração, o time de Alagoinhas mostrava-se articulado e corajoso para atacar.

O segundo tempo foi diferente. O time da casa partiu para buscar a vaga, enquanto o Atlético-GO, para perplexidade de seu treinador, não conseguia jogar. Não era estratégia de recuar para não correr risco e, quem sabe, matar o jogo num contra-ataque. Não. O Rubro-Negro não conseguiu segurar nenhuma bola a partir da intermediária. E aí começou um festival de defesaças de Ronaldo - as mais incríveis foram num chute de Jefferson e numa cabeçada de Caíque. Mas, para tristeza dos baianos, a noite foi de Ronaldo, decisivo na classificação do seu time, e que foi celebrar com os torcedores do Atlético-GO na arquibancada.

O Atlético Goianiense pode ajustar seu time e até ir mais longe na Copa do Brasil. Mas se continuar dependendo só do seu Ronaldo fenomenal, pode se complicar já na próxima fase, diante de um Volta Redonda muito bem arrumado, que ainda briga inclusive para chegar às semifinais do Campeonato Carioca.

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