#Zico70: o encontro das maiores referencias brasileiras no Japão

Quem me conhece, sabe. Não escondo de ninguém. Meus dois grandes ídolos no esporte são Ayrton Senna e Arthur Antunes Coimbra, o Galinho de Quintino, ou simplesmente, Zico. Nasci no início da década de 1980 no Rio de Janeiro e tive a sorte de conseguir, graças às cadeiras cativas que meu avô tinha comprado antes mesmo da inauguração do Maracanã, aos últimos jogos da carreira de Zico. E, graças a uma mãe apaixonada por automobilismo - e também por Zico e pelo futebol - a boa parte da carreira de Senna na Fórmula 1. A partir da temporada do primeiro título, em 1988.

2 de 5 Zico foi um dos pioneiros da J-League, a liga de futebol do Japão, e estava no Kashima Antlers em 1993 — Foto: Reprodução

Zico foi um dos pioneiros da J-League, a liga de futebol do Japão, e estava no Kashima Antlers em 1993 — Foto: Reprodução

O tricampeão da F1 pude ver apenas das arquibancadas do saudoso autódromo de Jacarepaguá - estava presente à última corrida da categoria no Rio de Janeiro (e a quase todo o mês de testes de pneus que antecedia a prova). Depois, em eventos do finado Banco Nacional em solo carioca, aos quais pude frequentar porque minha mãe era amiga de uma funcionária da instituição financeira. Mas era apenas um moleque, curti muito pouco. Mas foi o suficiente para criar o vínculo permanente com o automobilismo. Depois de ver inúmeras corridas nas pistas e pela tela da TV, acabei indo trabalhar com o esporte. E aqui estou hoje.

A relação com Zico seguiu outros rumos. Além do lado fã, acabei tendo chances de fazer trabalhos com ele. Quando ainda era estagiário da Revista A+ do diário Lance!, lá em 2005, pude fazer uma longa entrevista com ele para a capa da publicação. E aproveitar a ida ao Centro de Futebol Zico (CFZ), no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, para fazer uma outra produção, com o jogador ensinando o passo a passo de sua maior especialidade dentro de campo: como bater faltas. Alguns anos depois, convidado por um amigo em comum, levei minha mãe e minha esposa para o lançamento de uma coleção da loja virtual dele, também no CFZ. No fim do evento, fomos falar com ele, pra que elas tirassem uma foto. Zico não só atendeu o pedido, como lembrou daquele jovem repórter que o entrevistou alguns anos antes. E ainda perguntou sobre Fórmula 1. E todo ano, claro, a ida ao Maracanã na última semana de dezembro para o Jogo das Estrelas é obrigatória.

3 de 5 Ayrton Senna venceu o GP do Japão de 1993, disputado em Suzuka — Foto: Pascal Rondeau/Allsport/Getty Images

Ayrton Senna venceu o GP do Japão de 1993, disputado em Suzuka — Foto: Pascal Rondeau/Allsport/Getty Images

Por isso, a foto que abre o post sempre foi uma referência para mim. E nada melhor que relembrar a história dela para homenagear Zico no dia de seu aniversário de 70 anos. Foi uma entrevista realizada pela Fuji TV, maior TV japonesa, em 19 de outubro de 1993, que juntou as duas maiores referências do Brasil no Japão no programa "F1 Pole Position": Zico e Ayrton Senna. Era parte do material especial produzido na semana do GP do Japão daquele ano, disputado no dia 24. No Kashima Antlers, Zico era o principal jogador da J-League, fundada no ano anterior. E Senna tinha conquistado seus três títulos na F1 com os motores da japonesa Honda, se tornando um ídolo no país asiático.

4 de 5 Zico foi um dos pioneiros da J-League, a liga de futebol do Japão, e estava no Kashima Antlers em 1993 — Foto: Reprodução

Zico foi um dos pioneiros da J-League, a liga de futebol do Japão, e estava no Kashima Antlers em 1993 — Foto: Reprodução

Senna, aliás, venceria a corrida em Suzuka naquele ano. Um bastidor da foto: Zico ganhou uma pequena réplica do capacete e a bola autografada pelo piloto. Senna levou para casa a camisa do Kashima Antlers. 💥️Assista ao vídeo da entrevista com Zico e Senna para a Fuji TV em 1993:

5 de 5 Perfil Rafael Lopes — Foto: Editoria de Arte/GloboEsporte.com

Perfil Rafael Lopes — Foto: Editoria de Arte/GloboEsporte.com

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