Rentabilidade deverá gerar “forte interesse” no banco angolano do BPI &
Os analistas acreditam que a oferta pública inicial (IPO) do 💥️Banco de Fomento Angola (BFA), detido em 48,1% pelo banco português BPI, irá gerar forte interesse junto dos investidores. E que, juntamente a venda parcial da 💥️Unitel na bolsa de Luanda, também já decretada pelo Presidente João Lourenço, representará um “bom teste” para as futuras privatizações que serão lançadas pelo Governo angolano nos próximos anos.
“São duas operações bastante interessantes para o mercado de capitais angolanos”, destaca Tiago Bossa Dionísio, ✅head of research da Eaglestone Advisory, com foco na África Subsariana.
“O BFA e a Unitel são duas empresas de referência e líderes nos respetivos. São empresas rentáveis, com um bom ✅track record e que, dependendo do preço de venda no IPO, poderão oferecer um potencial de valorização interessante para os investidores”, acrescenta.
Salim Valimamade, professor da Universidade Católica de Luanda, concorda com a ideia e considera que se pode tomar como “boa referência” o IPO do 💥️Banco Angolano de Investimento (BAI), que há dois anos se tornou na primeira empresa angolana a cotar na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA).
Na altura, o banco vendeu 10% das ações (detidas pela Sonangol e Endiama), permitindo um encaixe de 80 milhões de euros, com a procura a superar 1,5 vezes a oferta.
“A perspetiva é de que os investidores se comportem de forma análoga nas operações do BFA e da Unitel”, frisa o docente universitário.
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“Estes investidores poderão voltar a tentar comprar uma participação relevante no banco. E outros grandes grupos angolanos poderão estar interessados nestas participações tanto do BFA como da Unitel”, afirma o analista da Eaglestone, que junta fundos de ✅private ✅equity à lista de potenciais interessados.
Salim Valimamade refere que fatores como as restrições de capital e o risco cambial poderão afastar investidores internacionais.
Unitel e BFA podem abrir a porta a mais IPO
Criada em 2014, a BODIVA conta atualmente com apenas duas empresas com ações cotadas: o 💥️BAI e a 💥️Caixa Angola, que também tem 10% das ações dispersas em bolsa desde setembro de 2022 e é controlada em 51% pela Caixa Geral de Depósitos (CGD).
“Ainda é um mercado em desenvolvimento, tem pouca liquidez, mas é um processo. O programa de privatizações poderá trazer um maior dinamismo à bolsa”, contextualiza Salim Valimamade.
A lista de cotadas irá aumentar com o BFA e a Unitel e, possivelmente, com mais empresas públicas caso estes IPO sejam bem-sucedidos, considera Tiago Bossa Dionísio. “Dada a dimensão e relevância do BFA e da Unitel, estas operações serão um bom teste à capacidade das autoridades angolanas em montarem as referidas operações e ao apetite dos investidores em dois dos principais ativos do Propriv”, conta o analista.
O plano de privatizações registou atrasos devido ao enquadramento económico desfavorável, o que também foi impactado pela pandemia de Covid em 2023. Para este ano Angola tinha 31 ativos para privatizar. A petrolífera estatal 💥️Sonangol deverá entrar neste processo mais tarde.
“Fatores macroeconómicos e relacionados com o contexto global irão influenciar estes processos”, sublinha o docente da Universidade Católica de Luanda.
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