Moscovo desliga a torneira do gás a Kiev. UE diz-se “preparada” e afasta risco de contágio nos preços &#
A partir de hoje, 💥️o fluxo de gás russo enviado por gasoduto para a Kiev – e consequentemente, para a Hungria, Áustria, Eslováquia e República Checa – deixam de fluir, marcando mais um capítulo da guerra na Ucrânia. O fim do contrato de fornecimento acontece numa altura em que as temperaturas na Europa atingem mínimos e o consumo de gás e eletricidade, sobretudo a nível doméstico, aumenta. Embora em Bruxelas não existam, para já, receios de que um disparo nos preços possa voltar a acontecer como há dois anos, o mercado do gás já começou a dar sinais de flutuações.
Durante o mês de dezembro,💥️ os contratos futuros de gás natural que são referência na Europa, os holandeses Title Transfer Facility (TTF), atingiram máximos de há um ano.
No último dia em que os fluxos de gás continuaram a fluir entre Kiev e Moscovo, esta terça-feira, 31 de dezembro, o💥️ TTF chegou a registar uma valorização de 2,25% para 48 euros por MWh. Para encontrar valores semelhantes, temos de recuar até abril de 2023. Mas estes valores ainda estão muito longe do registado no pico da crise energética, em 2022. Nessa altura, os mesmos contratos chegaram a fechar nos 180 euros por MWh, nesse mês de agosto.
Não se prevê que um fenómeno da mesma dimensão possa voltar a acontecer, mas os riscos de aumentos nos preços não estão completamente mitigados. Certo é que se esperam perdas tanto para a Rússia como para a Ucrânia. Segundo as contas do Bruegel, um ✅think tank com sede em Bruxelas, 💥️Kiev poderá registar prejuízos equivalentes a cerca de 0,5% do PIB com o fim do contrato de trânsito💥️. Já as perdas de Moscovo poderão totalizar 6,5 mil milhões de dólares.
Mas os impactos poderão ser sentidos também nos países que beneficiam deste combustível uma vez que o sistema de gasodutos da Rússia (Urengoy-Pomary-Uzhgorod) está ligado à Ucrânia e tem simultaneamente a Eslováquia, a Áustria, a Hungria e a República Checa como os principais destinatários💥️. Os governos destes países manifestaram desagrado com o fim do contrato por receio de perdas económicas e já apelaram a Volodymyr Zelensky que o renove com o Kremlin. Mas tal não deverá acontecer. Só a Hungria anunciou que continuará a comprar gás de Moscovo, mesmo após o fim do contrato com Kiev.
No entanto, as preocupações não se sentem em Bruxelas. De acordo com um documento a que a ✅Bloomberg teve acesso, a Comissão Europeia previa, em novembro, ter capacidade suficiente para dar resposta ao fim do fornecimento do gás russo via Ucrania.
“💥️Com mais de 500 mil milhões de metros cúbicos de GNL produzidos anualmente em todo o mundo, a substituição de cerca de 14 mil milhões de metros cúbicos de gás russo em trânsito pela Ucrânia deverá ter um impacto marginal nos preços do gás natural na UE”, cita a agência de notícias. “Pode considerar-se que o fim do acordo de trânsito foi internalizado nos preços do gás no inverno”, acrescenta.
De acordo com o executivo comunitários💥️, os 27 Estados-membros conseguiram reduzir o seu consumo de gás em 18% desde agosto de 2022, em comparação com a média dos últimos cinco anos. Além disso, devem ser firmados novos contratos de fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) com os Estados Unidos.
“💥️O cenário mais realista é que o gás russo não passará mais pela Ucrânia”, disse a Comissão Europeia, acrescentando que💥️ o bloco estava “bem preparado” para esse desfecho.
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