PSD ainda admite negociar baixa do IRS com PS mas traça linhas vermelhas &

💥️O grupo parlamentar do PSD ainda admite negociar a redução do IRS com o PS, depois de os socialistas terem forçado o seu adiamento para a próxima semana. Mas há pelo menos 💥️duas linhas vermelhas inultrapassáveis. O líder da bancada laranja, Hugo Soares, revelou, esta quarta-feira, que💥️ o partido “não abdica” de baixar as taxas dos 7. e 8.º escalões, que abrangem salários brutos entre 3.100 e mais de 6.000 euros, e rejeita tornar “definitiva” a sobretaxa, como propõe o PS à boleia do projeto do PCP.

💥️“Nunca vou dizer que as negociações acabaram, porque se o PS apresentar uma proposta que seja razoável, não vejo problema nenhum com isso”, afirmou aos jornalistas, nos Passos Perdidos da Assembleia da República. “Estivemos disponíveis, desde o primeiro momento. Desde que começaram as conversas com os grupos parlamentares, falámos com todos, fomos ao encontro dos demais partidos, enquanto o PS não veio ao nosso encontro”, continuou.

💥️E voltou a elencar os cinco pontos de aproximação aos restantes partidos: 💥️“Baixámos mais as taxas do 3.º e 4.º escalões, igualando a proposta do PS e do Chega, fomos ao encontro do PS no 6.º escalão, propomos a atualização dos escalões de IRS de forma automática em linha com a inflação a partir de 2025 e a atualização do mínimo de existência, indo ao encontro do PS e Chega, propomos incluir duas normas programáticas, indo ao encontro do BE e PCP, para a valorização da dedução específica com no Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e avaliar a dedução à coleta dos juros com crédito à habitação”.

Mas, neste processo negocial, Hugo Soares avisou que 💥️está completamente fora de questão “não baixar os impostos em Portugal à classe média”, referindo-se a quem está no 7.º e 8.º escalões. Nestes patamares de rendimentos, segundo as contas do PSD,💥️ “estão pessoas que ganham entre 1.500 a 2.500 euros de salário líquido, estão professores, médicos, trabalhadores independentes”.

Ora 💥️o PS está contra a diminuição da tributação destes níveis de rendimentos mais elevados e defende, em contrapartida, uma redução maior no 2.º escalão, que corresponde a ordenados brutos entre 850 euros e 1.100 euros.

Mas o líder do grupo parlamentar do PSD insiste: 💥️“Não vamos permitir que a classe média não tenha um alívio fiscal. O PS quer votar contra, que vote contra, que assuma perante os portugueses que acham que quem ganha 1.500 a 2.500 euros líquidos não merece ter os impostos reduzidos como os outros”.

Por outro lado, a transformação do adicional de solidariedade num novo escalão permanente, como propõem os socialistas com base na proposta do PCP, é outra das medidas inaceitáveis por parte do PSD. 💥️“O PS quer criar o 10º escalão, quer que a sobretaxa se torne definitiva. É isso que estão a negociar com o PCP. Nós somos contra, não nos revemos nessa posição”.

De recordar que os socialistas querem eliminar o adicional de solidariedade e transformá-lo num novo 9.º escalão, para rendimentos coletáveis anuais entre 80.000 euros e 250.000 euros, criando um 10.º, para ganhos superiores a 250.000 euros, com taxas de 50% e 53%, respetivamente.

Resta saber até onde PSD e PS poderão negociar. Hugo Soares acusou o PS de “não querer baixar os impostos” e de “não querer negociar”. 💥️“O PS tem-se comportado como uma força de bloqueio não ao Governo, não ao Parlamento, mas aos portugueses”, criticou, na sequência do adiamento potestativo da discussão do projeto do PSD e CDS, requerido pelos socialistas, esta quarta-feira de manhã.

“O PS tem de dizer se concorda ou não com a proposta do Governo e dos grupos parlamentares para baixar os impostos sobre a classe média. Mais uma vez, 💥️com expedientes e truques dilatórios, que são regimentais, é certo, mas que só visam atrasar a resolução de um problema, o PS funciona como força de bloqueio”, reforçou.

Depois de os socialistas terem invocado o direito potestativo para adiar a discussão e admissão do projeto do PSD e CDS que substitui a proposta de lei do Governo, 💥️a bancada social-democrata enviou logo de seguida um ✅email ao presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), Filipe Neto Brandão, que é do PS, 💥️para incluir a iniciativa na ordem de trabalhos da reunião da próxima terça ou quarta-feira.

Contudo, e tal como esclareceu Hugo Soares, 💥️o adiamento por uma semana significa que “só daqui por três semanas o projeto pode ser votado em plenário, porque não há plenários nos próximos 15 dias”, por causa da campanha para as eleições europeias, de 9 de junho.

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