Maior escrutínio à política do BCE une esquerdas e afasta liberais no debate das europeias &

Depois de dois debates com enfoque na defesa, alargamento e imigração, os cabeças de lista da💥️ CDU (coligação que junta PCP e os Verdes), do Bloco e Esquerda, do Livre e da Iniciativa Liberal centraram-se nas questões económicas da União Europeia, naquele que foi terceiro “debate quadrangular” das eleições europeias, o mais aceso até agora.

💥️Salários, moeda única, e taxas de juro foram os temas principais do debate entre João Oliveira (que fez a sua estreia), Catarina Martins, João Cotrim de Figueiredo e Francisco Paupério.

IL de fora do apelo por um “maior escrutínio” ao BCE

Tanto o Livre como o 💥️Bloco de Esquerda e o PCP defendem que 💥️o Banco Central Europeu (BCE) deve ser alvo de um maior escrutínio face às decisões que toma relativamente à política monetária no bloco europeu, nomeadamente, ao nível do ritmo de evolução das taxas de juro, que só deverão começar a descer, pela primeira vez desde 2023, em julho.

“Quando se diz que o BCE é independente, é independente de quem?”, começou por questionar Catarina Martins, que 💥️acusou a instituição liderada por Christine Lagarde de responder ao “sistema financeiro” e de “penalizar as famílias” com a subida das taxas de juro.

“[O BCE] salva bancos, apoia os bancos contra as famílias”, acusou a bloquista, que defende que o Parlamento Europeu deve ter a capacidade de emitir um “parecer vinculativo no mandato do BCE” para garantir que há “escrutínio democrático”.

O cabeça de lista do Livre também subscreve uma maior capacidade de escrutínio do Parlamento Europeu face à atuação do BCE, referindo, a título de exemplo, que os 27 comissários europeus “estão dispostos a responder” perante o hemiciclo antes do início dos seus mandatos.

“💥️Com o BCE devia ser igual“, defendeu Francisco Paupério, 💥️sublinhando que, embora o banco europeu tenha um mandato secundário social e ambiental, não o tem exercido “nesse sentido”💥️.

Na mesma linha surge 💥️João Oliveira que apelou a um💥️ maior “controlo democrático” de instituições como o BCE que devem, acima de tudo, “servir o povo”, sobretudo em alturas de maior pressão inflacionista, tal como aquela que o bloco europeu tem vivido no último ano.

💥️João Cotrim de Figueiredo rejeitou as posições defendidas pelos três partidos de esquerda, defendendo que 💥️o BCE mantém-se “independente e com mandatos claros” e que, à semelhança de outros bancos centrais, a instituição europeia definiu como “objetivo sério manter a inflação controlada”.

“Não defendo as políticas monetárias do BCE [subidas das taxas de juro],💥️ mas, no dia em que o BCE perder a independência, ficará nas mãos dos poderes eleitorais. É o fim das condições de prosperidade da União Europeia”, alertou o cabeça de lista da Iniciativa Liberal.

Partidos concordam com maiores salários mas diferem nas políticas

Depois de ter reiterado que 💥️“Portugal deve preparar políticas” para uma saída da moeda única, sob o argumento de que se “tem tornado num obstáculo ao desenvolvimento do país”, 💥️o cabeça de lista da CDU defendeu que Portugal deve ter maiores salários, dizendo que rendimentos mais saltos “devem ser critérios de desenvolvimento” de qualquer Estado-membro na União Europeia. No entanto, não esclareceu sobre que moeda viria em substituição do Euro caso a proposta fosse levada a avante no Parlamento Europeu.

“💥️O euro não é uma fatalidade. Escudo? Não queremos andar para trás, queremos andar para a frente“, explicou João Oliveira.

Recordando que o PCP propõe um “pacto” no qual defende a “valorização do trabalho e dos salários”, 💥️o candidato comunista salientou que as negociações entre sindicatos e patrões desempenham um papel fundamental no alcance deste objetivo, defendendo, por isso, um maior poder sindicalista nas empresas. “Sem uma economia qualificada não conseguimos ter salários mais elevados”, disse.

Também o Livre defende um papel reforçado dos trabalhadores nas empresas, sugerindo que estes devem ter representação nos Conselhos de Administração. Mas acima de tudo, Francisco Paupério diz que💥️ o partido é a favor de um salário mínimo europeu — ajustado conforme a realidade de cada país — e que, 💥️no caso de Portugal, seria o equivalente a “80% do salário mínimo de Espanha”, que neste momento está acima dos 1.000 euros.

João Cotrim de Figueiredo foi o maior (e único) crítico da proposta de saída do euro da CDU entre os debatentes, 💥️tendo pressionado o cabeça de lista comunista a esclarecer se o partido é a favor da saída da UE e a explicar de que forma seria conduzida essa saída do euro. A resposta não chegou, e as críticas continuaram.

“A única forma de aumentar salários é ter uma economia que cresça e que crie empregos com qualificação”, afirmou o cabeça de lista da Iniciativa Liberal. “Uma evolução salarial por decreto não tem impacto na economia.💥️ [Essas propostas] são o típico de propostas para aumentar a despesa e não de fazer crescer a economia“, retorquiu.

Já Catarina Martins, que também se diz a favor do aumento dos salários, não acompanhou nenhuma das propostas dos candidatos nesta matéria💥️, mas 💥️criticou a sugestão do Livre, admitindo ter “muitas dúvidas” quanto à sua eficácia, isto depois de no último debate ter convidado o partido a integrar a Esquerda Europeia ao invés dos Verdes no Parlamento Europeu. “É um debate sobre o qual é preciso ter algum cuidado”, disse a cabeça de lista do BE.

Para a bloquista,💥️ a chave para o crescimento da economia e da valorização salarial passa por um maior “investimento público em setores estratégicos”, desde logo aqueles ligados à “transição verde e justa”.

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