Ibovespa: China (sempre ela) anima e divide a cena com Petrobras (PETR3;PETR4)
Ibovespa deve começar novo mês em tom mais otimista após sinais de recuperação na economia chinesa enquanto aguarda balanço da Petrobras (Arte: Giovanna Melo/Money Times)
O Ibovespa (IBOV) inicia o novo mês recebendo um empurrãozinho vindo do outro lado do mundo. Os sinais de recuperação na economia chinesa animam os investidores e dão um tom mais otimista aos mercados globais nesta quarta-feira (1).
A expansão da atividade industrial na China no ritmo mais rápido em mais de uma década aumenta o 💥️apetite por risco. As ações de mineradoras listadas em Londres são destaque de alta, em meio à expectativa de mais demanda por matéria-prima. Aliás, o minério de ferro fechou em alta hoje no mercado futuro chinês em Dalian.
Os recibos de ações (ADRs) da Vale também têm alta firme no pré-mercado em Nova York, ao passo que a Bolsa de Hong Kong disparou 4,21%, interrompendo uma sequência de seis quedas seguidas. O fim da obrigatoriedade do uso de máscara no transporte público da ex-colônia britânica alimenta o sentimento positivo com o fim da política de Covid Zero.
Tanto o índice do gerente de compras (PMI) do setor industrial quanto o de serviços na China vieram fortes, assim como o PMI da indústria calculado pelo Caixin. Os números & todos acima da linha divisória de 50 & lançam luz para a reunião do governo prevista para a próxima semana.
O encontro merece atenção porque irá definir a previsão oficial de crescimento do 💥️Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Mais que nunca, a expectativa é de uma meta elevada, de 5,5% a 6%. Afinal, o conjunto de dados do PMI dá às lideranças chinesas um bom motivo para buscar um ritmo forte. Os detalhes sobre o que esperar da chamada Duas Sessões estão aqui.
Ibovespa aguarda Petrobras
Portanto, não é à toa que os mercados voltaram a dar mais importância à tese da inflação no mundo, deixando de lado os riscos de recessão global. Aliás, a reoneração de combustíveis no Brasil válida a partir de hoje deve ter um impacto no IPCA, dificultando ainda mais o caminho para cortes na taxa Selic em breve.
Ao mesmo tempo, o governo optou por medidas menos amigáveis aos mercados em relação à Petrobras, sinalizando uma visão oposta à de seu antecessor, Jair Bolsonaro. A estatal petrolífera pagou a conta da volta da cobrança dos impostos federais sobre gasolina e etanol, ao anunciar corte nos valores cobrados nas refinarias. No entanto, ainda há dúvidas sobre o que esperar para os dividendos e a política de preços.
Essas perguntas devem continuar sem respostas no balanço do quarto trimestre de 2022 que a Petrobras (PETR4) divulga hoje, após o fechamento do pregão local. Ainda assim, os resultados devem dar sinais quanto aos próximos passos da empresa. Vale lembrar que no fim de abril haverá nova eleição para o conselho, com o governo assumindo de vez o comando da estatal.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h55:
EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,21%; o do S&P 500 avançava 0,30% e o Nasdaq tinha alta de 0,45%;
NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) avançava 0,77% no pré-mercado; os ADRs da Vale ganhavam 2,51% e os da Petrobras oscilavam em alta de 0,09%
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,14%; a bolsa de Frankfurt avançava 0,57%, a de Paris crescia 0,56% e a de Londres tinha alta de 0,77%;
Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 0,26%, enquanto o Hang Seng saltou 4,21% e a Bolsa de Xangai subiu 1,00%;
Câmbio: o índice DXY tinha queda de 0,39%, 104.46 pontos; o euro subia 0,82%, a US$ 1,0664; a libra ganhava 0,20%, a US$ 1,2047; o dólar caía 0,37% ante o iene, a 135,72 ienes;
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,947%, de 3,924% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,858%, de 4,820% na mesma comparação;
Commodities: o futuro do ouro tinha alta de 0,13%, a US$ 1.839,00 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 1,01%, a US$ 76,27 o barril; o do petróleo Brent recuava 0,86%, a US$ 82,72 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em alta de 1,30% em Dalian (China), a 898,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.
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