PRIO (PRIO3) entrega trimestre ‘incomum’, mas ano cheio de conquistas, dizem analistas; ações sobem
Analistas já esperavam trimestre “incomum” para a PRIO (Imagem: Divulgação/PRIO)
A 💥️PRIO (💥️PRIO3) entregou dados trimestrais “aquém da média”, com linhas abaixo das estimativas do mercado. Ainda assim, a companhia terminou 2022 com diversas conquistas, como a aquisição de 💥️Albacora Leste, a fusão com a 💥️Dommo e a conclusão bem-sucedida da primeira fase do plano de revitalização do campo de 💥️Frade, destaca a 💥️XP Investimentos.
A corretora já esperava um trimestre “incomum” para a PRIO, que decidiu vender menores quantidades de petróleo devido ao desconto elevado exigido pelos compradores.
“A PRIO decidiu contratar uma capacidade de armazenamento externo de 2 milhões de barris nas Ilhas Virgens Americanas. A empresa espera vender este óleo no primeiro trimestre de 2023, com melhores condições de desconto do que as apresentadas em dezembro”, destacam Andre Vidal e a equipe de análise de Óleo, Gás e Materiais Básicos da XP, em relatório publicado na noite desta quarta-feira (1º).
Pelas estimativas da XP, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 121 milhões do quarto trimestre de 2022 veio 5% abaixo das estimativas. O indicador também recuou 59% no comparativo trimestral e 47% em base anual.
A queda no Ebitda reflete uma receita líquida menor, impactada por descontos acima do esperado, avaliam os analistas da corretora.
Por outro lado, destacam, a PRIO registrou o menor custo de extração da história, de US$ 8,60/barril, e terminou o ano com uma posição de caixa líquido de US$ 381 milhões (acima dos US$ 255 milhões no terceiro trimestre de 2022).
Outro ponto levantado pela XP é a notícia positiva que a PRIO divulgou: a entrada em operação do 💥️poço MUP5 no campo de Frade. De acordo com a PRIO, o poço entregará cerca de 8 mil barris de óleo por dia, elevando a produção de Frade em 25% e a produção total da companhia em 10%.
Com a entrada em operação do poço, a PRIO supera a marca de 80 mil barris produzidos diariamente.
Queda recente preocupa?
As ações da PRIO, como outras do setor de óleo e gás, foram fortemente penalizadas nos dois últimos pregões, após o governo confirmar a volta dos impostos federais sobre os combustíveis e a taxação de exportação de petróleo bruto em 9,2%.
A PRIO e a 💥️3R Petroleum (💥️RRRP3) foram as empresas mais prejudicadas do setor na Bolsa. Analistas entenderam que o anúncio do governo eleva a percepção de risco & especialmente para PRIO3, uma vez que a companhia é a mais afetada pelas decisões por ter 100% de sua produção exportada.
Nesta quinta (2), as ações voltam a subir, com PRIO3 mostrando ganhos de 4,79% e RRRP3 de 2,36% por volta das 11h50.
Apesar disso, a XP entende que boa parte do fluxo negativo de notícias para o setor está precificada. Por isso, a corretora segue com recomendação de compra para os papéis da petroleira.
A 💥️Genial Investimentos também reiterou sua recomendação de “comprar” para a PRIO, com preço-alvo de R$ 49, o que implica um potencial de valorização de 46,8% sobre o último fechamento. Segundo analistas da instituição, a criação da alíquota sobre exportação de petróleo pelo período de quatro meses tem impacto “praticamente desprezível” do ponto de vista de fundamentos.
A corretora defende que, sob o ponto de vista da execução do plano de negócios da empresa, o fluxo de notícias continua muito positivo.
“É importante mencionar a conclusão da aquisição do campo de Albacora Leste (com impactos esperados para o primeiro trimestre de 2023) e a bem-sucedida campanha de redesenvolvimento de Frade, que vem entregando uma performance muito acima do esperado tanto em tempos de produção quanto de execução, com o trabalho sendo realizado com muita antecipação de cronograma e investimentos sempre abaixo do esperado”, diz.
A Genial reforça ainda que o cenário atual ainda é de restrição de oferta global de petróleo, o que se traduz em preços “estruturalmente mais altos”.
Como a XP, a Genial acredita que a recente queda das ações já precifica a criação (e potencial extensão) do imposto ao longo de todo o período produtivo da empresa.
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