Países pró-mercado irão liderar crescimento da América Latina em 2023

A equipe de análise da Moody’s preparou relatório sobre perspectivas na América Latina em 2023, apontando para pequena melhora econômica, o que deverá gerar crescimento para a região.

Os economistas Juán Pablo Fuentes, Jesse Rogers e Colin Seitz, em conjunto com o diretor da América Latina Alfredo Coutiño, acreditam que a recuperação no investimento em conjunto com aprimoramento dos termos de troca da região serão os principais drivers para a melhora na atividade econômica.

💥️2018: Variáveis externas, instabilidade interna

A Moody’s ressaltou o arrefecimento do crescimento do PIB neste ano, quando confrontado com o mesmo período do ano passado, citando variáveis externas, como aumento da aversão ao risco e da volatilidade, em decorrência da normalização da política monetária pelo Federal Reserve e das restrições no comércio internacional, vide guerra comercial entre China e EUA.

No caso de Brasil e México, preocupações acerca de um governo populista-nacionalista foram os fatores citados como propagadores de volatilidade no mercado doméstico. Além disso, a equipe compara os dois países no não avanço do investimento fixo em 2018. Do lado positivo, “melhoras significativas nas balanças comerciais de Brasil, Chile e Peru foram notáveis”.

💥️2019: reformas em vista, setor externo em alta

Para o próximo ano, a equipe destaca desaceleração do crescimento no México e melhora na expansão do produto em Brasil, Colômbia, Peru e Uruguai. “O avanço em reformas estruturais no Chile, Brasil, Peru e Colômbia – países controlados por governos mais pró-mercado – acelerarão o investimento fixo e consequentemente expandirão a capacidade produtiva”, destaca a Moody’s, ressaltando a importância das reformas estruturais e o perfil mais market friendly do novo governo.

O setor externo, de acordo com a equipe, continuará dando suporte ao crescimento da região em 2023, principalmente devido a efeitos de depreciação nas moedas locais, o que torna as exportações mais competitivas. A Moody’s destaca também o ajuste externo realizado por Brasil e México, tornando-os menos vulneráveis a choques.

Por fim, a equipe projeta crescimento de 2% para o Brasil em 2023 e destaca que o novo governo não representa uma ameaça ao mercado, e possui como maiores desafios corrigir rapidamente o descompasso fiscal, restaurar a credibilidade, atrair investimento e manter o crescimento da economia.

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