Jungmann diz que tem certeza que Battisti será encontrado

(Tomaz Silva/Agência Brasil)

O ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje (19),  em Brasília, que tem certeza que o italiano Cesare Battisti, de 64 anos, foragido da Polícia Federal desde a semana passada, será localizado.

Segundo ele, as autoridades trabalham com as duas hipóteses: de Battisti ter deixado o país ou estar escondido em algum lugar do território nacional.

“A exemplo do que aconteceu com [Henrique] Pizzolato, que era diretor do Banco do Brasil, e se evadiu, ele [Battisti] vai terminar sendo encontrado, não tenha a menor sombra de dúvida” afirmou.

Para Jungmann, todas as hipóteses devem ser avaliadas. “Há a possibilidade de ele ter saído [do Brasil] e de ele ter permanecido. As duas possibilidades estão abertas. Agora a Polícia Federal está atuando exaustivamente, e já foi colocado um alerta da Interpol para todo mundo”, acrescentou.

Desde a semana passada, quando o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão do italiano, a Polícia Federal tem feito buscas em todo o país para cumprir o mandado.

Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos nos anos 1970, quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo.

Retratos

No último domingo (16), a PF divulgou imagens com possíveis 20 disfarces de Battisti e pediu ajuda da população para encontrá-lo. Ele também está na lista de procurados da Interpol.

O italiano vivia no Brasil, nos últimos meses, na casa de amigos em Cananeia, região litorânea de São Paulo.

Ontem (18), em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, declarou acreditar que Battisti está abrigado em um esconderijo mantido com a ajuda de “algum companheiro ou fora do Brasil”.

“Cesare Battisti é um terrorista que integrou o Proletários Armados pelo Comunismo, ele assassinou quatro cidadãos italianos, foi julgado e condenado, conseguiu fugir para França, a situação dele não ficou boa lá e aí veio para o Brasil”, disse.

“Não há democracia sem ordem”

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou hoje que “não há democracia sem ordem”.

“Evidentemente, que ordem legítima. Mas, sem ela é o caos. Não há possibilidade de direitos e garantia da própria vida serem assegurados” disse.

A afirmação foi feita durante a inauguração da sede do Batalhão Escola de Pronto Emprego (Bepe) da Força Nacional de Segurança Pública.

A nova sede do Bepe foi instalada no Gama, a 30 quilômetros do centro de Brasília. Com mais de 35 mil m² de área construída, o batalhão possui 4 blocos de alojamento com capacidade para abrigar até 640 policiais.

Atualmente, a Força Nacional de Segurança Pública é constituída por 2.158 agentes, distribuídos em 37 cidades do Amazonas, Acre, Amapá, Ceará, Distrito Federal,  Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná,  Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Sergipe e Santa Catarina.

A Força é composta por integrantes da ativa e da reserva remunerada das Polícias Militares e Corpo de Bombeiros Militares estaduais; da ativa e aposentados das Polícias Civis e órgãos oficiais de Perícia Forense dos estados, do Distrito Federal e da União.

Também integram suas operações militares das Forças Armadas e servidores civis aposentados da União, estados, Distrito Federal ou municípios.

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