CEOs norte-americanos ganham 250 vezes a mais do que seus funcionários
(Pixabay)
Após a implementação da lei que pede que empresas públicas norte-americanas liberem dados da compensação mediana de funcionários e donos em 2017 pela Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos, o que antes era mera suposição se tornou comprovado: chefes executivos ganham exageradamente mais do que os empregados.
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💥️Em artigo publicado pela Bloomberg, Nir Kaissar, colunista do site, ainda destaca que centenas das maiores companhias públicas dos Estados Unidos pagam seus funcionários com salários inferiores à remuneração mínima por hora.
“Ao passo que os dados de compensação somam ano após ano, a reação contra a elite corporativa se intensificará. Se as corporações não conseguem encontrar um equilíbrio melhor em sua estrutura de pagamento, forças de fora encontrarão, e com um custo potencialmente maior para as companhias e seus associados”, afirma o colunista.
Alicia Ritcey e Jenn Zhao, também da Bloomberg, compilaram diferentes compensações comparando empregados e empregadores de companhias registradas no Russell 1000 Index. Elas representam as mil maiores companhias públicas norte-americanas em valor de mercado.
A conclusão que se chegou foi que, em 10% das empresas apresentadas, a compensação mediana de funcionários se encontra abaixo do nível de pobreza federal, de US$ 25.750 por ano para uma família composta por quatro pessoas. Segundo o Economic Policy Institute, uma família de quatro precisa de U$ 70 mil para manter um padrão de vida “modesto, porém, adequado” nas áreas mais acessíveis dos Estados Unidos.
Paralelamente, os donos das companhias listadas no Russell 1000 recebem compensação total de US$ 11,8 milhões & com benefícios incluídos.
A média da razão salarial entre CEO e funcionário é de 248 para um na avaliação mais recente. Para 10% das empresas, a razão é de 917 para um.
“Por sorte, companhias podem dar a seus empregados um aumento”, diz Kaissar. As empresas apresentaram uma margem de lucro de 10% em 2018, o maior percentual desde 1995.
Para Kaissar, a questão não é se CEOs, fundadores e inovadores merecem ser recompensados, mas se eles dividem a recompensa com os trabalhadores, que são essenciais para o sucesso deles.
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