As 3 principais inovações na criptoeconomia; Qual vale a pena investir?
💥️Por Jamil Civitarese/ysoke.com
Uma das tarefas mais ingratas que podemos ter na nossa vida é criar definições precisas para fenômenos complexos e corriqueiros. Inovações, por exemplo, podem ser ditas como recorrentes em toda a história da humanidade a depender da definição adotada.
Entretanto, podemos nos perguntar qual a diferença entre uma inovação e uma invenção. Inventar, crianças inventam jogos, mas inovar é uma questão mais difícil. O que torna a inovação algo tão único é perceber como boa parte dos nossos investimentos e o desenvolvimento econômico dependem, em certa maneira, de identificar inovações ou empresas consolidadas em mercados onde inovação é menos relevante em termos de produtividade.
Na literatura acadêmica, dentre as muitas definições de inovação, a mais simples e ainda assim poderosa é “invenção que sobreviveu a um processo de seleção social por algum tempo”. Em economias modernas, o processo de seleção social seria o mercado: uma inovação foi criada por uma organização ofertante e houve demanda para aquela novidade se espalhar pela sociedade.
Uma inovação passa por um processo social que elimina as ideias sem grande poder, ao passo que uma uma invenção não consegue passar dessa barreira. Para investir em um setor de tecnologia, por exemplo, devemos apostar que haverá alguma nova solução que conquistará parte do mercado. Isso significa encarar o risco monstruoso de sua tecnologia investida não passar pelo teste.
No tipo de investimento que trabalho – criptomoedas – há muitas invenções, mas apenas três categorias gerais de inovações no sentido de mercado até agora. A primeira inovação é a blockchain: ela permite que transações sejam salvas de maneira rigorosamente confiável a menos que haja um desbalanço entre os mantenedores descentralizados da rede.
Esse desbalanço a princípio nunca aconteceu para as maiores blockchains. Atualmente, o Bitcoin foi adotado por investidores como algo próximo de uma reserva de valor. A blockchain também foi modificada e possui aplicações corporativas. Essas tecnologias ainda apresentam grande risco: podemos ver isso em eventuais variações no preço do Bitcoin.
A segunda são os algoritmos de privacidade que permitem troca de informações secretas de maneira descentralizada. Monero e ZCash são usados em mercados negros para atividades ilegais. Evidentemente isso não é uma adoção que podemos considerar moralmente neutra, mas nesse ponto investimentos como a Vale (SA:VALE3) ou Forja Taurus também levantam debates sobre moralidade de mercados.
Finalmente, há os sistemas não-blockchain orientados por consenso. A plataforma Ripple, já adotada em inúmeros bancos para testes e vista como solução para problemas de pagamento interbancários, é um desses casos. Essa plataforma ainda não foi a mercado amplo, mas está no processo comercial. No caso, a Ripple Labs. é uma companhia tentando inovar.
Essas três inovações configuram um mercado de dez anos com mentes brilhantes – como podemos ver presentes nas equipes de ZCash e Cardano – e ainda assim não há muito o que falar. Apostar num mercado nascente é, de certa maneira, viver o risco da inovação ser não adequada para um grande mercado ou, ainda pior apenas uma invenção. Contudo, três inovações dessa magnitude não são desprezíveis.
As criptomoedas têm grandes riscos – elas são um segmento pequeno e não-consolidado – e isso deve ser considerado, mas com o crescimento delas não podemos falar que são apenas “moedas mágicas no computador” ou algo do tipo. O mercado tem avaliado as tecnologias e, até agora, parecem críveis de serem chamadas inovações, porém há muito pela frente. O teste apenas começou e ainda há muitas oportunidades para quem quiser encarar os riscos desse investimento.
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