Veja o que parou os 12 maiores bull markets da história dos EUA (Parte 1)
História do mercado acionário norte-americano oscila entre bull e bear markets
O índice S&P 500, composto pelas 500 maiores companhias dos EUA por valor de mercado, chegou a sua máxima histórica na última terça-feira (23), ao atingir 2.934,21 pontos.
Diante da recente valorização e do bull market existente desde a mínima vista em 2009, um levantamento realizado pela reportagem da CNN mostra os 12 bull markets anteriores ao atual e como os mesmos terminaram.
O 💥️Money Times fez levantamento do que ocorreu nestes períodos e compartilhará, em duas partes, os 12 bull markets anteriores ao que ocorre atualmente.
1932 a 1937: recuperação da Grande Depressão
Depois da queda de 86% do Composite Price Index (predecessor do índice S&P 500) entre setembro de 1929 e junho de 1932, a tendência se reverteu e o índice apresentou alta de 325% nos próximos cinco anos.
O bull market foi suportado, em parte, pelo New Deal do presidente Franklin Roosevelt, com gastos maciços do governo para estabilização da economia.
Contudo, a partir de 1937, Roosevelt retira os estímulos da economia, o Federal Reserve inicia política restritiva a bancos e, pela não recuperação completa da economia, emerge a recessão nos EUA.
Entre 1937 e 1942, as ações derreteram nada menos que 60%.wall
1942 a 1946: Segunda Guerra Mundial direciona atividade econômica
Os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial em dezembro de 1941, após os japoneses atacarem Pearl Harbor. Diante da necessidade bélica, indústrias elevaram a produção de tanques, armas e aviões.
Com a ocorrência da guerra, o S&P 500 auferiu ganhos de 158% de abril de 1942 a maio de 1946. No entanto, pela artificialidade da alta por evento não recorrente, e aumento da poupança pelos norte-americanos em detrimento de consumo, a economia dos EUA entrou em recessão.
De maio de 1946 a junho de 1949, o índice S&P 500 caiu 30%.
1949 a 1956: a economia pós-guerra bomba
Depois do término da Segunda Grande Guerra, os EUA entrou em uma era de prosperidade. O presidente Dwight Eisenhower focou na disciplina fiscal, com forte alta do consumo, pela propagação do “sonho americano” e da utopia dos subúrbios, com automóveis e televisores para todos os norte-americanos.
Também ocorreu aumento demográfico, com os norte-americanos tendo filhos que seriam posteriormente conhecidos como “Baby Boomers”. O otimismo era tamanho que o índice S&P 500 disparou nada menos que 266% entre junho de 1949 e agosto de 1956.
No entanto, a crise do Canal de Suez e a invasão da Hungria pela URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) adicionou incerteza aos mercados, levando a um pequeno bear market.
Entre agosto de 1956 e outubro de 1957, o índice S&P 500 caiu 22%.
1957 a 1961: a Guerra Fria acelera
Em 1957, a União Soviética lançou o Sputnik, primeiro satélite feito pelos humanos para orbitar a Terra. O mercado acionário norte-americano apresentou desvalorização pela perceção de que os EUA estavam perdendo a corrida armamentista tecnlógica.
No entanto, após um bear market, o índice S&P 500 subiu 86% durante quatro anos, entre outubro de 1957 e dezembro de 1961.
Um investidor jovem proeminente chamado Warren Buffett apontou durante o bull market: “as ações tem subido a taxas muito rápidas. Os lucros das empresas não tem subido. Os dividendos não estão melhorando”.
Em outras palavras, as ações estavam sobrevalorizadas. De dezembro de 1961 a junho de 1962, o índice S&P 500 caiu 28%.
1962 a 1966: JFK foca em “fazer os EUA se movimentar novamente”
Durante a campanha, o presidente John Kennedy prometeu fazer os EUA se movimentarem novamente. Em contrapartida, ao assumir a presidência em 1961, tensões emergiram entre a indústria siderúrgica e o presidente, levando a um leve bear market denominado depois de “Kennedy Slide”.
Em 1962, as ações começaram a mostrar valorização. Mas, diante do assassinato de JFK em 1963, cresceram temores em torno da recuperação acionária: o índice S&P 500 caiu quase 3% naquela sessão e as negociações foram interrompidas por duas horas em memória a JFK.
No entanto, Wall Street se recuperou da morte e o mercado acionário apresentou expansão por mais que três anos.
Adentrando 1966, a economia estava forte: taxa de desemprego de apenas 4%, com altas consecutivas nos pedidos à indústria. Porém, quando começou a ocorrer pressão inflacionária, o Federal Reserve realizou política contracionista.
O movimento foi severamente restrito e o índice S&P 500 caiu 22% de fevereiro a dezembro de 1966.
1966 a 1968: os anos go-go
Durando somente 17 meses, o bull market no meio da década de 1960 foi o mais curto da história norte-americana, com valorização de aproximadamente 50%, como decorrência da força do mercado de trabalho: ao final de 1968, a taxa de desemprego era de somente 3,4% nos EUA.
Por outro lado. 1968 foi marcado por reviravolta na Guerra do Vietnã, quando os norte-vietmenitas realizaram ataques surpresas, além dos assassinatos recentes de Martin Luther King, Jr. e Robert Kennedy.
A vitória de Richard Nixon, a instabilidade política e o enfraquecimento da economia, em conjunto com alta da inflação, levou a um bear market e a uma pequena recessão.
O índice S&P 500 caiu 36% de novembro de 1968 a maio de 1970.
1970 a 1973: investidores compram Nifty Fifty
McDonald’s, IBM e Disney ajudaram o mercado acionário dos EUA a novas máximas em 1970. Os investidores entraram no grupo Nifty Fifty, grupo das maiores empresas, com taxa de crescimento mais elevadas. O índice S&P se valorizou anualmente 23% na média durante o bull market.
Porém, diante do valuation esticado e do anúncio do plano econômico de Nixon em 1973 e da decorrente inflação advinda, o índice S&P 500 caiu 48% entre janeiro de 1973 e outubro de 1974.
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