Na semana em Chicago e Nova York, soja e açúcar perderam e milho ganhou
No perde-ganha das bolsas, commodities nas duas direções
Somente a soja e o açúcar perderam na semana fechada nas bolsas de futuros de Chicago (CBOT) e Nova York (ICE). O milho saiu para cima. Ao menos nas operações desta sexta (5), as commodities estiveram presas aos seus próprios fundamentos, sem precificarem guerra comercial Estados Unidos-China, petróleo ou troca por ativos de maior segurança, e descontando a paralisação das bolsas americanas pelo feriado nacional de ontem
Soja
A oleaginosa caiu de 13 a 14 pontos no último pregão da semana na CBOT, com os vencimentos de julho a setembro entre US$ 8,72 e US$ 8,82 o bushel. Na semana, a soja entregou de 25 a 27 pontos.
Para analista Vlamir Brandalzze, o mercado espera que o relatório da semana que vem do USDA traga uma área plantada maior nos EUA, contra avaliação passada de 32,4 milhões de hectares. Pode chegar a 34 milhões de hectares.
“Então, os grandes fundos aproveitaram para pressionar, perseguindo o fundo do poço”, explica o CEO da Brandalizze Consulting.
O cenário de plantio americano também esboça melhora, com sol, secando as áreas prejudicadas pelas chuvas.
Açúcar
Dos 12.62 centavos de US$ por libra-peso do contrato de outubro, registrado na sexta passada, ao fechamento de hoje na ICE, 12.36 c/lp (-1,43%), a commodity recuou 2,06%.
Prevalece a safra indiana, na casa próxima das 30 milhões de toneladas – quando o mercado esperava queda maior, das 33 previstas, até que as chuvas de monções entrassem na sua regularidade, informa Maurício Muruci, da Safras & Mercados.
E uma safra em andamento mais alcooleira no Brasil, mais o frio e chuvas no Centro-Sul, atrapalhando a moagem e a qualidade da matéria-prima para o adoçante, apenas inibem um pouco mais o derretimento.
Muruci relativiza dois cenários: se o açúcar não perseguir mais de perto a casa dos 11, 11.80 c/lp, no máximo vai para 12.84 c/lp na máxima e 12.37 c/lp na banda inferior.
Milho
Ainda o cereal mantém a margem de alta pelo plantio falho em razão do aguaceiro que se abateu sobre o Corn Belt nos EUA, portanto há forte razões para uma quebra considerável do maior produtor mundial.
Mas os números da safra ainda são conflitantes e o próprio USDA está deixando o mercado com poucas certezas. Já se falou em quebra de até 50%.
No contrato de julho, em Chicago, o milho teve alta modesta, de 1 ponto, a US$ 4,34 o bushel, mas se fortaleceu na semana, desde a última sexta, em mais 3,33%.
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