Caio Mesquita: Ao som dos canhões
Colunista discorre sobre ciclos de valorização e assimetria de informações
Já escrevi sobre o tempo aqui e sobre quanto pagaríamos para ter as mesmas oportunidades do passado com o conhecimento do presente.
Nesta semana eufórica para os mercados brasileiros, convido o leitor para um embarque a um passado não tão distante. Vamos voltar para o início de 2016, quando vivíamos ainda sob os desmandos de Dilma Rousseff.
Naqueles tempos obscuros, quem abria os jornais ou acessava as páginas dos principais sites de notícias encontrava as seguintes manchetes:
“Bovespa recua após atingir menor patamar desde 2009 na sexta-feira” — G1
“Ação da Usiminas já vale centavos na bolsa” — IstoÉ Dinheiro
“Vale cai 7,5% e JBS afunda com Lava Jato; Gol e siderúrgicas já caem 20% no ano” — InfoMoney
“Ações da Petrobras caem e atingem níveis de 2003” — Exame
Tempos sombrios. Incerteza. Medo.
A crise política transbordava e contaminava o mercado.
O Ibovespa estava abaixo dos 40 mil pontos e a taxa de juros longa, representada pela NTN-F, superava os 16 por cento ao ano.
Os especialistas do jornalismo econômico dançavam ao ritmo do consenso pessimista. Ao ouvir a CBN, assistir à GloboNews e ler as páginas econômicas dos grandes jornais, não nos restava outra alternativa senão correr para as colinas, fugindo de qualquer ativo com risco Brasil.
E o que existiu no passado jamais se repetirá.
Foi naquele momento, na hora mais escura da história recente brasileira, ao som dos canhões de Nathan Rothschild, que uma pequena publicadora financeira, na voz de sua figura mais eminente, Felipe Miranda, anunciava: “A hora chegou. A Oportunidade de Uma Vida ”.
Você mesmo pode acessar o documento e verificar como o nosso estrategista apresentava sua argumentação, diametralmente contrária ao que os entendidos da época afirmavam.
Naquele momento, o Felipe lançava um dos melhores exemplos de uma ideia de valor.
Explico.
Os preços refletem o consenso das opiniões sobre os ativos financeiros. Portanto, ao seguir o consenso (expressado na opinião dos especialistas de reconhecimento público), o investidor abre mão de qualquer possibilidade de retornos superiores aos riscos dos ativos escolhidos.
Para se gerar valor, ou alfa, na teoria de investimentos, é preciso estar em posição afastada do consenso, repudiando o movimento bovino das massas de manobra do mercado financeiro.
Infelizmente, a pessoa física é historicamente submetida à lavagem cerebral desse consenso. Sem o acesso a ideias de valor, algo restrito tradicionalmente aos investidores profissionais e aos ultrarricos, os indivíduos estavam condenados à mediocridade do papo furado dos “especialistas” da grande mídia.
Quem desligou o ruído que vinha da grande imprensa em 2016 e acreditou no Felipe ganhou dinheiro de verdade.
Fast forward para o presente.
Os números da economia seguem frouxos. Até há poucos dias, duvidava-se da aprovação da reforma da Previdência ou apostava-se numa desidratação desfigurante. O governo Bolsonaro era alvo de pancadas de ambos os lados e já se questionava sua permanência até o fim do mandato.
Logicamente, os telespectadores da GloboNews, ressabiados e preocupados com o cenário, não se sentem confiantes para apostar no Brasil e tomar posições de risco. Estão esperando sinais mais consistentes de recuperação.
Você, que acompanha o Felipe, sabe que a opinião dele é diferente. Está convicto no novo ciclo de alta da Bolsa brasileira.
Recomendo fortemente que você assista ao vídeo que ele preparou sobre o que está acontecendo nos mercados daqui.
O que você está lendo é [Caio Mesquita: Ao som dos canhões].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
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