E depois da Previdência? Veja prognósticos do UBS para crescimento e política

Mercado acionário e câmbio ainda abaixo da média histórica, diz UBS (Imagem: Pixabay)

Diante da iminente aprovação da reforma da Previdência pela Câmara nos próximos dias, o 💥️UBS publicou relatório nesta quinta-feira (11), no qual lista expectativas para a economia após a vitória da base aliada do governo na Câmara.

Os economistas Tony Volpon e Fabio Ramos avaliam que a economia a ser gerada deve ficar em torno de R$ 900 bilhões nos próximos dez anos. “É a primeira mudança significativa na legislação no nível estrutural de gastos públicos desde que o Brasil iniciou com os déficits primários fiscais em 2014”, destaca o banco suíço.

Para o UBS, a forte liderança mostrada na Câmara na articulação política na angariação de votos para reforma é “algo novo e positivo na política brasileira”.

Risco de fadiga

Por outro lado, os economistas ressaltam uma possível fadiga do Congresso após qualquer pauta controversa. “Além disso, o segundo ano de um ciclo governamental, com as eleições municipais, geralmente reduz a produtividade do Congresso”, avalia o UBS, ponderando no entanto possível momentum para aprovação de outras reformas estruturais, como a tributária.

Em relação ao crescimento da economia brasileira, o UBS ressalta que, em duas ocasiões diferentes, o otimismo e as condições financeiras mais flexíveis não foram capazes de se traduzir em maior crescimento.

Foco no investimento privado

“No retrospecto, restrições estruturais e de oferta, com a falta de ‘crowding in’ (termo usado em economia para avaliar a indução do gasto privado em função do aumento do gasto público) de investimentos privados, explicam a falta de reação da economia”, diz o banco suíço.

Os economistas ponderam que a aprovação da reforma da Previdência, com prognósticos para ocorrência das demais reformas estruturais e afrouxamento monetário pelo Copom podem provocar ritmo mais acelerado de crescimento no País.

Por último, o UBS destaca as mínimas nos juros real e nominal do Brasil e destaca que o mercado acionário e o câmbio ainda encontram-se descontados, “muito longe dos melhores níveis”.

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